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Uber nomeia executivo da Expedia como novo presidente

A decisão acontece dois meses após a saída de Travis Kalanick

Por Da redação
28 ago 2017, 12h11

A Uber escolheu Dara Khosrowshahi, atual diretor-executivo do site de viagens Expedia, para assumir a presidência da empresa. A decisão acontece dois meses após a saída de Travis Kalanick do comando da Uber.

As informações foram divulgadas neste domingo pelo jornal The New York Times, que consultou duas pessoas com conhecimento da decisão.

“O nome de Khosrowshahi emergiu como favorito entre três finalistas nas reuniões da Uber. Um deles, Jeffrey Immelt, ex-chefe da General Electric, desistiu da ‘competição’ quando ficou claro de que ele não teria suporte o suficiente, segundo as fontes consultadas”, segundo o jornal

A executiva da Hewlett Packard Enterprise, Meg Whitman, era outra candidata forte na disputa mas a escolha foi descartada no sábado quando diretores da Uber e Whitman não concordaram com os termos da nomeação para o cargo.

Kalanick deixou o comanda da Uber em junho após se envolver em série de escândalos. Durante sua gestão, executivos da companhia foram acusados de assédio sexual.

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Polêmicas

Veja alguns escândalos que envolveram a Uber antes e durante o comando de Travis Kalanick – o afastamento do executivo aconteceu após o recebimento de uma carta em que cinco investidores do alto escalão da empresa pediam a renúncia de Kalanick o mais rápido possível.

Susan Fowler

Assédio sexual
Em seu relato, a engenheira Susan conta que procurou o RH da Uber para denunciar o colega que a assediava e foi aconselhada a mudar de setor ou a permanecer na mesma área, sabendo que poderia ser mal avaliada pelo chefe. Segundo ela, o RH informou que não podia fazer nada contra o assediador, pois ele era um funcionário bem avaliado.

Crise de valores
Em março, logo após a denúncia de Susan, o então presidente da Uber, Jeff Jones, saiu da companhia alegando que não podia continuar numa empresa que tinha valores incompatíveis com os seus. “As crenças e a abordagem de liderança que guiaram minha carreira são inconsistentes com o que vi e vivenciei na Uber, e eu não posso mais continuar como presidente do negócio”, escreveu ele ao se desligar do cargo.

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Travis Kalanick, CEO do Uber

Discussão com motorista
Kalanick foi filmado discutindo com um motorista da Uber, que disse a ele que a empresa estava falindo. O episódio repercutiu mal e o executivo foi obrigado a pedir desculpas aos motoristas e passageiros e prometer que seria um líder melhor.

“O vídeo é um reflexo do que sou, e as críticas que recebemos são um lembrete claro de que devo mudar fundamentalmente como líder, e amadurecer”, disse ele na ocasião.

Fraude na fiscalização
Reportagem do The New York Times revelou que a Uber desenvolveu um sistema para driblar a fiscalização de trânsito nas cidades onde o uso do aplicativo não estava legalizado. A companhia anunciou logo depois que estava proibindo a utilização desse programa.

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Espionagem industrial
A Waymo, divisão de carros autônomos da holding do Google, acusa a Uber de roubar tecnologia. A empresa negou, mas demitiu o principal engenheiro de sua divisão de carros inteligentes.

Investigação de assédio
A Uber divulgou o primeiro relatório da investigação contratada para apurar os casos de assédio na empresa. Conduzida pelo escritório de advocacia Perkins Cole, a investigação analisou 215 queixas de assédio registradas desde 2012. A empresa decidiu demitir 20 funcionários com base nas investigações.

Estupro na Índia
A empresa demitiu o presidente da região Ásia-Pacífico, Eric Alexander, que acessou de forma ilegal a ficha médica de uma mulher estuprada por um motorista da Uber na Índia.

Segundo o The New York Times, Alexander estava convencido de que o caso de estupro era uma armação da Ola, um dos maiores concorrentes da Uber na Ásia, para atrapalhar a expansão da companhia na região. Ele teria passado meses na Índia conduzindo sua própria investigação.

Uber 2.0
No e-mail em que informa sua licença aos funcionários, Kalanick promete voltar melhor. “Para que a Uber 2.0 possa ter sucesso não há nada mais importante do que dedicar meu tempo à construção de um time de líderes. Mas, se vamos trabalhar nesse Uber 2.0, eu preciso trabalhar no Travis 2.0 para que ele se torne o líder que a companhia precisa e que vocês merecem.”

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