O uso do rotativo do cartão de crédito bateu recorde em novembro de 2023. Segundo dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira, 4, a oferta de crédito da modalidade foi a maior desde 2011, início da séria histórica do Banco Central, com 32,9 bilhões de reais no mês. Enquanto isso, a taxa atingiu o patamar de 434,41% ao ano.
Com os juros nas alturas, a mais cara linha de crédito para a pessoa física sofreu uma alteração importante nesse início de ano. Agora, há um teto de juros de 100% no valor da dívida, seguindo lei aprovada pelo Congresso e regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Se a dívida for de 1.000 no cartão, por exemplo, a dívida total, com a cobrança de juros, não poderá exceder os 2.000 reais — vale ressaltar que a nova regra vale para débitos contraídos a partir da vigência dela, em 3 de janeiro.
De acordo com o Serasa, 20,8 milhões (ou 28,9% dos 71,8 milhões de inadimplentes) possuíam, em novembro, pendências com bancos e cartões — o segmento que mais concentra dívidas atrasadas.
Teto
Em outubro, uma lei aprovada no Congresso estabeleceu um prazo de até 90 dias úteis, a partir do começo de outubro, para o setor financeiro apresentar uma proposta ao CMN trazendo a redução do juro no rotativo. Porém, não houve um acordo e a regra de 100%, definida em lei, entrou em vigor.