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Valorizado, dólar já pode ser comprado com cartão de crédito

Além do IOF, é cobrada uma tarifa extra que vai de 2% a 3,5%. Algumas casas de câmbio já aceitam parcelamento dos valores

Por Estadão Conteúdo 27 ago 2018, 10h06
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  • Em algumas casas de câmbio o dólar turismo já ultrapassa os R$ 4
    Segundo economistas, os juros cobrados podem transformar a operação em um peso ainda maior para o bolso do consumidor (VEJA.com/Reuters)

    O dólar pegou muito viajante de surpresa na semana passada ao romper o patamar dos 4 reais, se estabelecendo acima dos 4,10 reais desde a última quinta-feira. A atual disparada fez com que as casas de câmbio, onde a moeda já é vendida acima de 4,40 reais, encontrassem espaço para divulgar seu novo serviço: elas hoje aceitam cartão de crédito como forma de pagamento para a compra de dólar em espécie ou em cartão pré-pago.

    A facilidade, liberada pelo Banco Central no último mês de março, já está disponível nas principais redes e, além do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), é cobrada uma tarifa extra para as compras com cartão, que vai de 2% a 3,5%, dependendo da negociação da empresa com a bandeira (Visa, Master, Elo e outras).

    Em algumas casas, como a Europa Câmbio, é possível até parcelar a compra do dólar. Nesse caso, o juro é progressivo, conforme o número de vezes em que a compra é dividida – parte dos 3,5% na compra em uma única vez para 6,5% na compra em seis parcelas, o máximo possível.

    Uma das vantagens, segundo as casas de câmbio, é que, ao realizar a compra no cartão de crédito, o consumidor consegue “travar” o valor do dólar e pagar pelo preço da moeda na hora da compra, mesmo que só desembolse o dinheiro no vencimento da fatura do cartão.

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    Especialistas, no entanto, pedem atenção para a nova comodidade. Segundo economistas, profissionais da área de câmbio e planejadores financeiros, os juros cobrados podem transformar a operação em um peso ainda maior para o bolso do consumidor.

    “Você vai pagar o preço da moeda, que já está alto, e mais 2%, 3,5% de juros por usar o cartão. Pode dar certo se o dólar subir mais do que isso em um mês; mas pode não dar se ele cair”, diz Estevão Garcia de Oliveira, coordenador dos cursos de graduação e pós-graduação da Fipecafi. “Na verdade, a operação é uma loteria e o melhor é pagar à vista.”

    Compra ‘parcelada’

    Segundo analistas, a melhor forma que o consumidor com viagem marcada tem para minimizar o impacto da oscilação do dólar é programar as operações com antecedência – e dividir o que seria uma compra de moeda em muitas ao longo desse período.

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    “Definida a viagem, o ideal já é começar a fazer pequenas operações de câmbio e sempre optar pelo dólar em espécie, à vista”, afirma a planejadora financeira Diana Benfatti, especialista pela Planejar. “Não faz diferença fazer uma ou dez operações de câmbio, já que você só paga o 1,1% de IOF. E tudo bem pagar mais caro em uma operação em uma semana do que outra. A ideia é justamente ampliar a fase de compras para não correr o risco de pagar muito caro no dólar em uma operação apenas”, diz.

    Para Benfatti, a compra com cartão de crédito, ainda mais parcelado, tem um alto custo para o consumidor. “Se você corrigir as taxas cobradas pelas corretoras e comparar com as taxas anuais das operações de crédito, uma compra de dólar em seis parcelas daria quase 30% de juros por ano. É muito caro, ainda mais para um dólar acima de 4 reais”, afirma.

    Edisio Pereira Neto, diretor de negócios da Europa Câmbio, justifica que a compra parcelada no cartão é indicada principalmente para quem deixou para a última hora. “Nossas operações em aeroportos são as campeãs de venda, o que mostra que o brasileiro ainda deixa para comprar dólar na última hora. Nesse caso, fazer a compra com cartão e ainda conseguir parcelar faz sentido, pode dar um fôlego para o consumidor”, destaca.

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