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Vendas de viagens de ônibus crescem 150% em junho com crise na Avianca

Aumento do preço das passagens aéreas leva consumidores a migrarem para o transporte rodoviário, segundo companhias

Por André Romani Atualizado em 6 jul 2019, 09h00 - Publicado em 6 jul 2019, 09h00
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  • Terminal Rodoviário do Tietê
    Terminal Rodoviário do Tietê, um dos principais da cidade de São Paulo (Reinaldo Canato/VEJA.com)

    A crise da companhia aérea Avianca Brasil, que está desde dezembro em recuperação judicial, beneficiou empresas de ônibus. As vendas de viagens interestaduais cresceram 154% em junho na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o aplicativo de comercialização de passagens Clickbus. Já no acumulado do ano, o crescimento é de 60%. Além disso, a receita com as passagens em 2019 já alcançou 75% da registrada em 2018. A migração deve-se ao aumento no preço das passagens. Por causa de dívidas, a Avianca teve que devolver grande parte de suas aeronaves e, consequentemente, cancelar voos. Foram mais de 4.000 no total. Com isso, o preço das passagens de avião subiram em até 140%, abrindo espaço para as viações de ônibus.

    Na média do setor, de janeiro a maio desse ano, houve aumento de 12% no número viagens interestaduais, em comparação ao mesmo período de 2018, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati). “É um aumento de demanda por causa da migração para o aéreo”, afirma Rodrigo Trevizan, diretor de marketing do Grupo JCA, dono de viações que operam nas regiões Sul e Sudeste do país, como a Cometa e a 1001.

    Os cancelamentos de voos da Avianca começaram em meados de abril. No entanto, foi em junho que as empresas de viagens terrestres sentiram o maior impacto. De acordo com Fernando Prado, CEO da Clickbus, a expectativa era de crescimento de 50% no mês, comparado ao mesmo período do ano passado. Na prática, foi de 154%, o que surpreendeu, segundo o executivo. “Junho não é um mês forte, porque está entre as férias e os feriados.”

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    O desempenho, no entanto, não se restringiu ao Sul e ao Sudeste. A Viação Itapemerim, empresa especializada em rotas longas principalmente para o Nordeste, costuma ter no mês em junho um de seus grandes trunfos, já que as tradicionais festas juninas costumam atrair multidões para a região. As vendas no período superaram as expectativas. “Nas rotas São Paulo-Nordeste, houve aumento de 40% a 50% no número de viagens”, afirma Marcos Almeida, diretor comercial e de marketing do Grupo Itapemirim, que também coloca o efeito Avianca como fator principal para esse desempenho.

    Principais rotas

    De acordo com a Itapemerim, o maior crescimento ocorreu nas rotas entre São Paulo e as cidades de Campina Grande (PB), Caruaru (PE ) e Timbaúba (PE). No caso da rota São Paulo-Campina Grande, houve aumento de 64% nos passageiros e 40% nas viagens. “Quando nós fizemos o planejamento do ano, principalmente nessas linhas longas, eram poucas viagens. O normal era que as rotas operassem dia sim e dia não. No entanto, estamos fazendo 20, 25 viagens por mês, quase um horário por dia”, completa Almeida.

    Já segundo a Clickbus e o Grupo JCA, as principais rotas que tiveram aumento foram aquelas entre capitais, com destaque para a Rio-São Paulo. “Normalmente a rota Rio-SP é responsável por 5% das vendas. Este ano já são 10%”, afirma o CEO do aplicativo. O aumento é justificável. A Avianca possuía diversos voos no trajeto entre as duas principais metrópoles do país. Inclusive, os direitos de pouso e decolagem dessa rota que pertenciam a Avianca são motivo de disputa entre as companhias aéreas Azul, Latam e Gol, que devem participar do leilão de ativos da empresa marcado para o dia 10 de julho.

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