As vendas do comércio varejista brasileiro caíram 0,3% em junho, na comparação com o mês anterior. Os dados foram divulgados nesta sexta (10) pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando perda de 1,5% em dois meses.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o comércio varejista cresceu 1,5%. Segundo o IBGE, é a 15ª taxa positiva seguida, embora menor do que a registrada em maio (2,7%).
O volume de vendas do segundo trimestre cresceu 1,6%, abaixo da alta de 4,3% do primeiro trimestre do ano.
No acumulado de 2018, a alta foi de 2,9%. Até junho do ano passado, entretanto, o setor acumulava crescimento de 4,2%.
Segundo o IBGE, apesar da variação negativa, houve crescimento em cinco das oito atividades pesquisadas. A pressão negativa se deu nos segmentos de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,5%), interrompendo dois meses de taxas positivas, e no de combustíveis e lubrificantes (-1,9%).
Segundo Isabela Nunes, gerente da Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, o impacto dos supermercados pode ser justificado pelo desabastecimento de itens não perecíveis no início de junho, após a corrida de consumidores ao comércio em maio para estocar alimentos, por conta da greve dos caminhoneiros. “A queda foi pontual e não deve ocorrer novamente em julho”, avalia.
As vendas no varejo ampliado, que inclui veículos e material de construção, subiram 2,5% em junho sobre maio. As vendas de veículos e motos, partes e peças saltaram 16%, enquanto as de material de construção subiram 11,6%.
(Com Reuters)