As vendas do comércio varejista caíram 0,4% em outubro ante setembro, informou na manhã desta quinta-feira, 13, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Das oito atividades pesquisadas, cinco tiveram queda em outubro, sendo a principal delas a de livros, jornais, revistas e papelaria, com retração de 7,4%. Nos últimos meses, importantes livrarias entraram em recuperação judicial por conta da falta de dinheiro para pagar suas dívidas, caso da Cultura e Saraiva.
Também tiveram redução nas vendas em outubro os setores de móveis e eletrodomésticos (-2,5%), tecidos, vestuário e calçados (-2,0%), combustíveis e lubrificantes (-1,2%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,8%). Esse movimento pode refletir o adiamento das compras de produtos de maior valor, como eletrônicos e eletrodomésticos, para novembro, mês da Black Friday.
No lado oposto, o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve ligeira alta de 0,3% nas vendas. Isso mostra que apesar de enxugar o orçamento e cortar supérfluos, o consumidor não consegue abrir mão dos produtos essenciais, como os de alimentação e bebidas. Também tiveram ampliação de vendas os segmentos de artigos de uso pessoal e doméstico (0,7%) e farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%).
As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 2,2% no ano. No acumulado em 12 meses, houve avanço de 2,7%. Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas caíram 0,2% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal. O dado veio dentro do intervalo das estimativas, que ia de recuo de 1,3% a elevação de 2,4%, mas veio pior que a mediana positiva de 0,55%.
Na comparação com outubro de 2017, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado subiram 6,2%, abaixo da mediana das projeções, de 7,1%. As vendas do comércio varejista ampliado acumularam alta de 5,3% no ano. Em 12 meses, o resultado foi de avanço de 5,7%.
(Com Estadão Conteúdo)