O que tem de especial na ‘biblioteca mais legal do mundo’?
VEJA visitou as dependências da Oodi, em Helsinque
Já se foi a época em que uma biblioteca era sinônimo de um espaço velho, empoeirado e cheio de livros empilhados. No meio das principais ruas de Helsinque está a biblioteca Oodi, inaugurada em dezembro de 2018. Mas a ideia de um espaço inovador surgiu quando a cidade finlandesa foi escolhida pela Unesco para ser a Capital Mundial do Livro, ainda em 2009. A Oodi foi pensada para ser um local que funcionasse como centro de aprendizado, criatividade e convivência social. E deu certo.
Com uma área de 17.000 metros quadrados, a última coisa que chama atenção na biblioteca central são as obras literárias. A começar pelo design inovador do prédio, projetado pelo escritório de arquitetura ALA Architects com foco na acessibilidade e nas necessidades dos moradores locais. Ao entrar, você logo depara com um local de paredes de vidro e ultrailuminado, onde crianças, adolescentes e adultos se misturam nas atividades (que são muitas). Por lá, é possível reservar gratuitamente salas de criação como estúdios de música, fotografia e vídeo.
A Oodi também disponibiliza máquinas de costura, impressão 3D e de estamparia. É fácil encontrar pessoas remendando as próprias roupas ou customizando uniformes de times colegiais. A quantidade de jovens circulando chama atenção: eles se reúnem não só para estudar e fazer trabalhos, mas também para jogar videogame e botar de pé projetos extracurriculares.
No último andar da biblioteca, além das tradicionais estantes de livro, ficam estacionados dezenas de carrinhos de bebês. No entorno, em mesas, pufes e tapetes estão os responsáveis com suas crianças, que têm um espaço totalmente personalizado para elas, com brinquedos e outras atividades. “As pessoas vêm para ler, trabalhar e se encontrar. É um dos lugares favoritos de quem mora aqui”, revela Harri Annala, um dos muitos funcionários sempre a postos na Oodi. Segundo ele, cerca de 700 pessoas passam diariamente por lá.