Mais de um milhão de livros deixam de ser vendidos na quarentena
Levantamento mostrou que, com livrarias fechadas, receita de lojas físicas diminuiu 47% entre 23 de março e 19 de abril
O mercado editorial, que nos dez últimos anos registrou o fechamento de 20 000 livrarias no Brasil, vive mais um momento de retração. Assim como boa parte dos negócios considerados não essenciais, as lojas físicas permanecem de portas fechadas durante o período de quarentena para evitar a propagação do novo coronavírus. Entre os dias 23 de março e 19 de abril, o setor registrou queda de 47% de receita e 45% em volume de livros, em comparação com o mesmo período no ano passado.
Os dados são do 4º Painel do Varejo de Livros no Brasil em 2020, apresentados pela Nielsen Bookscan Brasil e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). Os números têm como base o resultado da consultoria, que apura as vendas das principais livrarias e supermercados no país.
ASSINE VEJA
Clique e AssineSegundo o levantamento, mais de um 1,3 milhão de exemplares deixaram de ser comercializados, o que provocou uma queda de 60 milhões de reais no faturamento – caiu de R$ 125,3 milhões para R$ 65,7. Apesar da retração, o relatório aponta uma recuperação gradual a cada semana (como mostra o gráfico abaixo).