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Raduan vs. Freire: da homenagem ao barraco no Prêmio Camões

Assista à dura crítica do escritor ao governo Temer e à resposta do ministro da Cultura, em cerimônia nesta sexta-feira em São Paulo

Por Da redação
Atualizado em 17 fev 2017, 23h30 - Publicado em 17 fev 2017, 23h24

O que era para ser uma homenagem ao escritor Raduan Nassar terminou em barraco nesta sexta-feira. Agraciado com o Prêmio Camões, que é concedido conjuntamente pelos governos de Brasil e Portugal, o escritor saiu em defesa da ex-presidente Dilma Rousseff e disparou duras críticas à gestão do sucessor, Michel Temer, e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Incomodado, Freire sugeriu que o autor de Lavoura Arcaica e Um copo de Cólera não deveria aceitar a láurea, no valor de 100.000 euros (330.000 reais, aproximadamente) e acabou batendo boca com a plateia presente no Museu Lasar Segall, em São Paulo.

Em sua fala, o escritor atacou o STF por não deter o processo de impeachment contra Dilma (“íntegra, eleita pelo voto popular”) e permitir que Moreira Franco virasse ministro. “Em sua decisão, o ministro (Celso de Mello) acrescentou um elogio superlativo a Gilmar Mendes por ter barrado Lula para a Casa Civil. Dois pesos e duas medidas”, disse. “Coerente com o seu passado à época do regime militar, o mesmo Supremo propiciou a reversão da nossa democracia”, acrescentou o homenageado.

Nassar caracterizou o governo Temer como “repressor, contra o trabalhador, contra aposentadorias criteriosas e contra universidades federais de ensino gratuito”. E terminou sua fala afirmando que “o golpe estava consumado” com a saída de Dilma. “Não há como ficar calado”, concluiu, sob aplausos da plateia e gritos de “Fora Temer”.

Quando teve a oportunidade de falar, o ministro da Cultura disse que Raduan deveria recusar o prêmio. “É um adversário recebendo um prêmio de um governo que ele considera ilegítimo”, disse. “Lamentavelmente, o Brasil assiste hoje a pessoas da nossa geração, que podiam dar testemunhos da sua experiência, que viveram um golpe verdadeiro, dando o inverso de todo esse testemunho”. Ao contrário do silêncio que imperou durante a fala de Nassar, Freire foi vaiado e interrompido e chegou a bater boca com membros da plateia. “Não vai haver ‘volta Dilma’”, disse o ministro. O escritor assistiu à réplica sentado, em silêncio.

Confira abaixo trechos dos dois discursos:

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