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Guia de compra de celular: o que você precisa saber antes de escolher um

Cada vez mais, as pessoas consomem conteúdo em vídeo nos seus dispositivos móveis

por Fabiana Futema 14 Maio 2025
14h46

Vai trocar de aparelho em 2019?

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om tanta variedade de modelos e preços no mercado, escolher um novo smartphone tornou-se tarefa difícil até mesmo para os mais entendidos no assunto. Afinal de contas, qual sistema operacional é melhor: Android ou iOS? Como eu sei se a câmera do meu aparelho é boa? E será que a bateria vai durar até o fim do dia? Ele espaço de armazenamento suficiente para todas as minhas fotos e vídeos que baixo dos grupos de Whatsapp

Segundo o site Statista, cerca de 36% da população mundial tem um smartphone para chamar de seu, e essa porcentagem cresce em velocidade acelerada. De acordo com o International Data Corporation (IDC), 1,49 bilhão de unidades foram despachadas pelas fabricantes em 2018 – boa parte disso para substituir aparelhos que se tornaram obsoletos com o tempo. E é exatamente para quem está prestes a encarar essa missão da troca de smartphones que preparamos este guia. Especialistas do setor dizem o que é preciso avaliar na hora de escolher o melhor aparelho de acordo com o perfil de cada usuário:

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Tela

Cada vez mais, as pessoas consomem conteúdo em vídeo nos seus dispositivos móveis. Por isso mesmo, a tela virou fator decisivo na compra de um novo smartphone. Uma característica importante a se avaliar nesse quesito é o tamanho. Você se dá bem com aparelhos grandões? Se sim, existem opções de até 6,2″ que vão te agradar na hora de assistir sua maratona no YouTube ou na Netflix. Se sua mão é pequena ou você não gosta de aparelhos gigantes, não faz mal algum escolher um aparelho menorzinho. O grande segredo, aqui, está na resolução. Na medida do possível, fuja das telas HD e procure pelo menos por uma resolução FullHD (1920×1080 pixels). Os smartphones mais completos já têm resolução quad-HD (2560 x 1440 pixels) e alguns já oferecem, inclusive, resolução 4K (3840 x 2160). Em resumo, quanto maior a resolução, mais definida será a imagem.

Mas isso não é tudo: uma boa imagem é composta por um conjunto de fatores que vão além da simples quantidade de pixels. Por isso, também preste atenção no brilho máximo da tela (você quer enxergá-la na rua, debaixo do sol forte, certo?), na qualidade das cores, na tecnologia empregada e nos ângulos de visão. Na medida do possível, sempre vá a uma loja e experimente o aparelho em mãos antes de passar o cartão de crédito.

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Bateria

Se tem algo que irrita qualquer pessoa é uma bateria que não consegue manter o smartphone ligado até o final do dia. A capacidade de carga de um aparelho é medida em miliampères (mAh) e, em resumo, quanto maior esse número, mais energia o aparelho é capaz de armazenar. Portanto, escolha aparelhos com baterias de, pelo menos, 3.000 mAh.

Mas muitos fatores – incluindo o tamanho da tela, o modelo do processador e a versão do sistema operacional – podem fazer com que o consumo seja maior ou menor. Telas maiores costumam consumir mais, assim como processadores e sistemas operacionais mais antigos. 

Uma outra dica bacana aqui é pesquisar se o smartphone oferece o sistema de “fast charge”, ou carga rápida. Se você for precisar andar com o seu carregador para cima e para baixo, que pelo menos ele faça o seu trabalho de recarga rapidinho!

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Performance

Pode falar: aquele smartphone comprado há dois anos não consegue nem mais abrir o Whatsapp sem dar uma travada. A culpa, nesse caso, é do processador fraquinho e/ou da pouca quantidade de memória RAM. Fazendo uma analogia simples, o processador é como se fosse o cérebro do seu smartphone. Quanto melhor o processador, mais rápido o seu aparelho “pensa”. E de nada adianta um bom cérebro se você não tiver memória suficiente para lembrar do que foi processado, não é mesmo? Por isso, fuja de processadores dual-core e invista em aparelhos que sejam, pelo menos, quad-core. Os termos “dual” e “quad” significam dois e quatro, respectivamente. Já “core” significa núcleo. Em resumo, um processador quad-core tem quatro núcleos de processamento e, para explicar de uma forma bem simples, “pensa” duas vezes mais rápido que os dual-core. Os chips mais avançados são octa-core (oito núcleos) e processam ainda mais informações por segundo. Além da quantidade de núcleos, outra característica que faz diferença é a velocidade do processador, medida em GHz. Quanto maior o número (1,8 GHz, 2 GHz, 2,2 GHz), mais rápido é o processador.

Fuja também de smartphones com menos de 2 GB de memória. Esse é o limite mínimo para que ele possa oferecer uma boa experiência a essa altura do campeonato.

Essas especificações são válidas para aparelhos Android. É que o sistema da Apple é mais otimizado e desenvolvido para rodar em apenas um tipo de smartphone (no caso o iPhone, contra centenas de modelos Android diferentes). Por isso, o iPhone tem especificações menos robustas mas, nem por isso, deixa de ser bem esperto.

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Câmera

Quanto mais megapixels, melhor a foto de um aparelho, certo? Bom… não exatamente. Mais megapixels em uma foto significa que ela consegue registrar imagens que podem ser melhor ampliadas, mas isso, por si só, não garante a qualidade da câmera de seu smartphone.

Para facilitar a sua escolha, não leve em consideração para compra aparelhos que tragam sensores traseiros com menos de 8 MP. Também preste atenção na abertura de foco: quanto menor o número dessa especificação, maior quantidade de luz passa para dentro do sensor – portanto, melhor a qualidade da imagem. Abertura de foco 1.7 ou 1.8 são ótimos valores atualmente.

Cada vez mais, as câmeras dos smartphones também oferecem soluções de software e inteligência artificial para deixar as imagens mais bonitas. Uma dessas características muito em voga atualmente é o efeito bukeh, ou o desfoque do fundo nas imagens, evidenciando o primeiro plano. 

Se o assunto é vídeo, preste atenção não só na resolução, mas também na quantidade de frames capturados. Se ela for capaz de fazer vídeos com qualidade 4K a 60 frames por segundo, saiba que você está diante de uma ótima câmera. No outro extremo, vídeos FullHD a 30 frames por segundo são o mínimo aceitável.

Se possível, sempre teste o smartphone que você quer comprar para saber se o click é rápido. Muitas vezes, smartphones mais básicos ou intermediários têm um atraso entre o momento em que você aperta o botão e o momento em que ele registra a foto. Aposto que você já passou pela experiência de perder aquele flagra por conta disso…

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Armazenamento

Em tempos de memes, fotos e vídeos espalhados sem parar por grupos de WhatsApp, um fator fundamental na escolha de um novo smartphone é sua capacidade de armazenamento. Aqui, a regra é clara: quanto maior o armazenamento, melhor. Fuja de aparelhos com 16 GB de memória interna – o mínimo indicado no final de 2018 é 32 GB. Um detalhe importante é pesquisar se o smartphone aceita expansão da memória via cartão MicroSD. Assim, basta você comprar um chip extra para ter até 1 TB de espaço a mais para armazenar seus conteúdos. É importante lembrar, no entanto, que o microSD não aceita instalação da maioria dos aplicativos; ele funciona, basicamente, para armazenamento das suas mídias (fotos, vídeos, mensagens etc).

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Sistema operacional

E aí, Android ou iOS? Muitos se fazem essa pergunta sempre que vão trocar de smartphone. O Android domina o mercado mundial de dispositivos móveis e a razão é óbvia: existem muito mais opções diferentes de aparelhos em termos de design, tamanho de tela, especificações, armazenamento e preço. Além disso, o Android é um sistema operacional aberto, o que significa que é mais fácil customizá-lo com launchers e widgets.

Hoje, tanto o Android quanto o iOS são sistemas bastante estáveis e seguros. E, em linhas gerais, quem tem o ecossistema formado em um sistema operacional, dificilmente, vai migrar para o outro. É que ao mudar de “time”, o usuário perde grande parte da integração de aplicativos, mensagens, armazenamentos na nuvem, agenda etc, enquanto passar para um novo smartphone dentro de um mesmo sistema operacional é tarefa bastante simples. O seu novo dispositivo ficará com os mesmos aplicativos, a mesma agenda e a mesma cara caso você tenha feito o backup de seus dados. Portanto, saiba que se você optar por mudar de sistema operacional, vai gastar um tempinho reorganizando sua vida online.

Outro detalhe importante é olhar em volta e perceber como está montado o seu ecossistema de aparelhos. Você tem iOS, Mac, Apple Watch, Apple TV e todos eles estão conversando entre si? Então não faz sentido mudar para um smartphone Android, pois a dor de cabeça será grande. Do outro lado, se você tem um smartphone Android, um PC, um Chromecast e um smartwatch, é melhor continuar no Android. A “conversa” entre os aparelhos vai fluir de uma maneira muito mais harmoniosa. Tem um outro detalhe: ao mudar de sistema operacional, você precisará comprar todos os aplicativos pagos na nova plataforma. E ninguém quer gasto extra, não é mesmo?

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Cabe no meu bolso?

Agora que você já aprendeu como buscar o melhor smartphone para o seu perfil, é bom definir quanto está disposto a gastar com o novo gadget. Para facilitar, sugerimos três categorias de preço no final de 2018: básica (até R$ 1000), intermediária (entre R$ 1000 e R$ 2500); e top de linha (acima de R$ 2500).

Além do tamanho do bolso, você precisa se perguntar o que vai, realmente, fazer com o smartphone. Muitas vezes a pessoa quer um top de linha, mas usa o aparelho apenas para navegar na internet e acessar redes sociais. Para isso ela não precisa de um processador super potente e poderia muito bem se contentar com um modelo básico ou intermediário.

Tem ainda uma outra dica: se você não faz o perfil “ostentador”, que adora andar com o último lançamento do momento, opte por aparelhos topo de linha que acabaram de ser substituídos por novos modelos. Por exemplo, em 2018, o Galaxy S8 (que já foi substituído pelo Galaxy S9) continua sendo um ótimo aparelho e, por não ser mais o modelo principal da fabricante, acaba sendo oferecido com ótimos descontos. O mesmo pode-se dizer do iPhone 8 (que foi substituído pelo XR), ou do LG G6 (que foi substituído pelo LG G7).

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De olho no 5G

A Qualcomm, principal fabricante de processadores móveis da atualidade, lançou este mês o Snapdragon 855, primeiro chip capaz de se conectar às redes 5G. Por isso mesmo é esperado que, em 2019, os primeiros aparelhos capazes de se conectarem às novas redes sejam comercializados, deixando aparelhos 4G defasados em alguns mercados. Nos EUA, Europa e Ásia, as redes 5G já estão em testes há algum tempo e serão oferecidas para o público a partir do primeiro trimestre do ano que vem. Já no Brasil, apesar do interesse das operadoras, ainda temos uma questão técnica que precisa ser resolvida. O espectro destinado à faixa 5G ainda não está disponível e, por isso, 5G por aqui só será realidade em 2020 ou 2021.

Ainda assim, é bom ficar de olho na novidade: a tecnologia de 5ª geração móvel proporcionará mais velocidade (até 1 Gbps de conexão no seu smartphone) e uma latência (tempo de resposta entre o servidor e o seu aparelho) muito menor. Em termos práticos, estamos falando de downloads muito mais rápidos que os atuais, além de “conversas” entre objetos – e não só entre smartphones – com o mínimo de delay. Será possível baixar um filme em poucos segundos, além de abrir portas para experiências até então pouco exploradas na área de realidade virtual. Você poderá, por exemplo, assistir a um jogo ou a um show ao vivo no seu smartphone em 360 graus, numa experiência totalmente imersiva, como se estivesse sentado na primeira fileira do estádio. A tecnologia 5G promete mudar a forma como consumimos conteúdo em nossos smartphones e, exatamente por isso, as necessidades de hardware vão se transformar.

E aí, está ansioso para ver o que o futuro te reserva? Conte para nós nos comentários!

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