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As armas e fragilidades da Coreia do Sul, adversária do Brasil nas oitavas

Seleção asiática surpreendeu no Grupo H, venceu Portugal e eliminou o Uruguai, bicampeão do mundo; conheça pontos fracos e fortes

Por Guilherme Azevedo
Atualizado em 2 dez 2022, 18h25 - Publicado em 2 dez 2022, 18h20

O Brasil terminou a fase de grupos da Copa do Mundo do Catar na liderança, mesmo com a derrota por 1 a 0 para Camarões nesta sexta-feira, 2, no estádio Lusail. O adversário das oitavas de final será a Coreia do Sul, que ficou em segundo lugar do Grupo H, na próxima segunda-feira, 5, às 16h (de Brasília), no estádio 947, em um duelo inédito em Mundiais.

A Coreia do Sul marcou quatro pontos e se classificou ao superar o Uruguai no critério de desempates de gols marcados. A seleção, que é atual vice-campeã da Copa da Ásia, empatou com o Uruguai, em 0 a 0, perdeu para Gana, por 3 a 2, e venceu Portugal, por 2 a 1. Somou quatro gols a favor e sofreu a mesma quantidade: média igual de 1,3 a favor e contra.

O principal jogador coreano é, sem dúvidas, o atacante Heung-min Son, do Tottenham. Bom finalizador, veloz e referência técnica na seleção, já realizou uma assistência, seis passes para finalização, oito chutes e, apesar de jogar na frente, é o terceiro que mais roubou bolas em todo o plantel. Ao lado de Son, o centroavante Gue-sung Cho é a esperança para bolas aéreas. Com seus 1,88m de altura, marcou duas vezes de cabeça contra Gana. Escape pelo lado esquerdo, o lateral Jin su-Kim, do Jeonbuk Hyunday vem atraindo olhares e acertou 36% dos cruzamentos que tentou.

Em termos de estatísticas, de acordo com dados do site de estatísticas Sofascore, a Coreia teve seis grandes chances (ocasião em que a finalizador só tem o goleiro como oponente), converteu quatro. Ainda que tenha criado bastante, cedeu cinco aos adversários, número considerado alto.

Nos três primeiros jogos desta Copa do Mundo, a seleção treinada pelo português Paulo Bento não demonstrou uma ideia de pressionar com força. Números que comprovam isso são os apenas 38 desarmes – é o 29º time que menos desarmou – e a posse de bola média que gira na casa dos 49%. Assim, para transitar do ataque à defesa, utiliza bolas longas e já concluiu 80 neste Mundial, número inferior do que de apenas cinco equipes.

Coreanos celebram gol nos acréscimos -
Coreanos celebram gol nos acréscimos – (Patricia de Melo Moreira/AFP)
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Analisando as principais chegadas e gols contra e a favor, pode-se concluir que os principais pontos fortes coreanos nesta Copa do Mundo são: a bola aérea ofensiva (75% dos tentos foram marcados assim), o alto índice de conversão de grandes chances e o aspecto mental, vide a virada sobre a badalada seleção de Portugal.

Por outro lado, os principais pontos fracos notados nas partidas deste Mundial são: a alta quantidade de grandes chances cedidas aos adversários, a bola aérea defensiva (50% dos gols sofridos foram assim) e a dificuldade de conter jogadores de lado a cruzar rasteiro para um companheiro que vem de trás (outra metade dos tentos contra saíram dessa maneira).

Brasil e Coreia do Sul já se enfrentaram sete vezes na história, todas por amistosos. São seis vitórias brasileiras e apenas uma dos asiáticos. O único êxito coreano aconteceu em 1999 e o último encontro, que aconteceu em junho de 2022, terminou em goleada da Canarinho, por 5 a 1.

Na Copa do Mundo do Catar:

3 jogos
4 gols marcados
4 gols sofridos
6 grandes chances (4 convertidas)
5 grandes chances cedidas
4,22 gols esperados
3,64 gols esperados para adversários
48,7% posse de bola média
42 finalizações (13 certas)
8 dribles (31º em média)
80 bolas longas certas (6º em média)
38 desarmes (29º em média)

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Melhores jogadores:

Son Heung-min é a aposta coreana no Mundial -
Son Heung-min é a aposta coreana no Mundial – (Jung Yeon-je/AFP)

Heung-min Son (destaque técnico, uma assistência, 8 chutes, 6 passes para finalização e 3º com mais desarmes)
Jin su-Kim (lateral esquerdo, 1 assistência, 36% de acerto em cruzamentos, 7 desarmes e 1 drible sofrido)
Gue-sung Cho (atacante, 1,88m, dois gols de cabeça, 9 finalizações e 62% de sucesso em duelos aéreos)

Análise dos gols marcados:

Coreia do Sul 1-2 Gana – 58′
Roubada de bola no ataque. Cruzamento da esquerda por Kang-in Lee, Cho cabeceou chegando por trás do zagueiro.

Coreia do Sul 2-2 Gana – 61′
Kim (lateral-esquerdo) chegou ao fundo esquerdo e alçou. Cho, vindo de trás, cabeceou nas costas do defensor.

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Coreia do Sul 1 – 1 Portugal – 27′
Cobrança de escanteio aberta. Bola rebatida e Young-Gwon Kim marcou.

Coreia 2-1 Portugal – 91′
Son puxa contra-ataque após escanteio, atrai atenção e deixa Hwang em condições para marcar.

Análise dos gols sofridos:

Coreia do Sul 0-1 Gana – 24′
Falta, cruzamento na área, fechado. Gol sofrido após bola que pingou na área.

Coreia do Sul 0-2 Gana – 34′
Cruzamento da intermediária direita de defesa e cabeceio no espaço entre zagueiro e lateral-esquerdo.

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Coreia do Sul 2-3 Gana – 68′
Ultrapassagem permitida pela direita defensiva, cruzamento rasteiro baixo. Finalização no segundo pau.

Coreia do Sul 0-1 Portugal – 5′
Zagueiro encontra jogador aberto pela esquerda defensiva, que supera lateral e cruza rasteiro para trás.

Histórico contra o Brasil

Brasil: 6 vitórias – 16 gols
Empate: 0
Coreia do Sul: 1 vitória – 5 gols

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