Uma comitiva da Fifa chegará ao Brasil na próxima semana para vistoriar quatro das dez cidades brasileiras candidatas a sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. O país concorrerá com duas outras candidaturas, sendo a primeira formada por Alemanha, Bélgica e Holanda, e a segunda por Estados Unidos e México.
As cidades escolhidas para a visita da Federação são Brasília, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Entre os quesitos avaliados, infraestrutura, serviços, comercial e sustentabilidade e direitos humanos serão os mais decisivos, de acordo com a entidade. Caso o Brasil seja escolhido, Belo Horizonte, Cuiabá, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre e São Paulo também receberão jogos.
A possibilidade do país sediar uma copa novamente, 13 anos após o sucesso da versão feminina da competição, em 2014, animou os entusiastas do futebol feminino. “Será fantástico porque proporcionará aos brasileiros e brasileiras um salto no consumo e na cultura, naturalizando ainda mais a modalidade, com o prazer de ver de perto o melhor do futebol feminino mundial”, afirma a diretora executiva de marketing do Sport Club Internacional, Liana Bazanela, em nota.
Receber uma copa agora poderia proporcionar uma experiência positiva para o país, uma vez que os estádios e a infraestrutura hoteleira já estão prontos e razoavelmente novos – além disso, conta a favor do Brasil o fato de uma copa feminina nunca ter tido a América do Sul como sede.
Apesar dos pontos favoráveis, há quem veja o favoritismo com certa descrença. “Os concorrentes pela vaga são fortes e acredito que o hype do futebol nos EUA, que terá acabado de sediar a versão masculina do torneio em 2026, colocam a candidatura conjunta com México como favorita”, diz, em comunicado, Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM. Ele concorda, no entanto, que receber o evento proporcionaria benefícios inequívocos para o país e para o esporte.
A decisão da Fifa deve ser anunciada durante o Congresso da Fifa em Bangkok, na Tailândia, em 17 de maio.