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Por que Bruno Henrique, do Flamengo, caiu na mira da PF

Segundo a Polícia Federal, o atleta teria recebido um cartão amarelo de propósito em partida do Brasileirão ocorrida em novembro de 2023

Por Da Redação Atualizado em 5 nov 2024, 12h51 - Publicado em 5 nov 2024, 09h09
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  • Bruno Henrique, atacante do Flamengo, é alvo da Operação Spot-fixing, deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com o Gaeco/DF, nesta terça-feira, 5, que apura possível manipulação do mercado de cartões, em partida de futebol válida pelo Campeonato Brasileiro da Série A, ocorrida em novembro de 2023. O nome do jogador entrou na lista de assuntos mais pesquisados no Google Trends nesta terça, 5, com mais de 100 mil citações.

    Segundo a PF, mais de cinquenta agentes e seis membros do GAECO/DF cumprem doze mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Distrito Federal, nas cidades do Rio de Janeiro/RJ, Belo Horizonte/MG, Vespasiano/MG, Lagoa Santa/MG e Ribeirão das Neves/MG.

    A investigação teve início a partir de comunicação feita pela Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). De acordo com relatórios da International Betting Integrity Association (IBIA) e Sportradar, que fazem análise de risco, haveria suspeitas de manipulação do mercado de cartões na partida do Campeonato Brasileiro.

    No decorrer da investigação, os dados obtidos junto às casas de apostas, por intermédio dos representantes legais indicados pela Secretaria de Prêmios de Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF), apontaram que as apostas teriam sido efetuadas por parentes do jogador e por outro grupo ainda sob apuração.

    Durante a partida contra o Santos, no dia 1º de novembro de 2023, em que o clube da Baixada Santista venceu por 2 a 1, verificou-se que o atleta efetivamente foi punido com cartão. São alvos da operação o jogador e os apostadores.

    Trata-se, em tese, de crime contra a incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de dois a seis anos de reclusão. A PF atua no caso, mediante autorização expressa do Ministro da Justiça e Segurança Pública, tendo em vista a repercussão nacional do caso, que exige repressão uniforme.

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