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Conheça o legado de Boris Spassky, mestre de xadrez russo morto aos 88 anos

Décimo campeão mundial, Spassky perdeu para o americano Bobby Fischer naquela que foi considerada a 'partida do século', disputada em 1972

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 fev 2025, 10h47 - Publicado em 28 fev 2025, 10h12

Embora seja lembrado por ter sido derrotado para o americano Bobby Fischer (1943-2008) naquela que foi considerada a “partida do século”, disputada em 1972, no auge da Guerra Fria, o grande mestre de xadrez russo Boris Spassky foi um campeão mundial que deixou um legado para o esporte.

A morte do enxadrista foi confirmada na quinta-feira, 27, pela Federação Russa de Xadrez. Ele tinha 88 anos. A causa não foi confirmada.

Em uma mensagem na rede social X (antigo Twitter), a Federação Internacional de Xadrez (Fide) chamou Spassky de “um dos grandes jogadores de todos os tempos”. “Conhecido por seu estilo de jogo universal e partidas inesquecíveis, Spassky deixou uma marca indelével no jogo. De suas batalhas históricas com Petrosian à lendária ‘Partida do Século’ contra Fischer, seu legado inspirará para sempre os jogadores de xadrez do mundo todo. Descanse em paz, Boris Spassky. Suas contribuições ao xadrez nunca serão esquecidas”, diz o texto.

Spassky nasceu em Leningrado (hoje São Petersburgo) em 1937. Aprendeu a jogar xadrez aos cinco anos de idade, dentro de um trem que saía da cidade, sitiada durante a Segunda Guerra. Aos 10 anos, venceu o mestre soviético Mikhail Botvinnik e passou a ser treinado por vários professores. Tornou-se o mais jovem até então a atingir o nível de grande mestre, aos 18 anos. 

Chess Game Between Bobby Fischer and Boris Spassky
Spassky, à esquerda, enfrenta o americano Bobby Fischer, à direita, na “partida do século” (Berttmann/Getty Images)
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Tornou-se campeão mundial em 1969 após vencer o grande mestre armênio-soviético Tigran Petrosian (1929-1984), para quem já havia perdido em 1966. Em 1972, defendeu o título contra o americano Bobby Fischer. A partida foi televisionada para o mundo todo e considerada a “partida do século” por sua importância simbólica. Era o auge da Guerra Fria e as duas potências da época se enfrentaram no tabuleiro de xadrez, com a vitória dos Estados Unidos. 

Spassky retornou à Rússia derrotado. Pouco depois, em 1976, emigrou para a França com a terceira mulher e só voltaria à Rússia novamente em 2012. 

Embora tenha continuado ativo após a derrota para Fischer, especialistas afirmam que seu auge foi como jovem prodígio, até o final da década de 1960 e início dos anos 1870. Participou de inúmeros campeonatos importantes e treinou novos jogadores. 

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O ex-campeão mundial Garry Kasparov escreveu no X que Spassky “nunca hesitou em fazer amizade e orientar a próxima geração, especialmente aqueles de nós que, como ele, não se encaixavam confortavelmente na máquina soviética”.

“O primeiro jogador genuinamente universal, Spassky não era um especialista em aberturas, mas se destacava em posições complexas e dinâmicas no meio do jogo, onde estava em seu elemento”, diz um comunicado da Federação Internacional de Xadrez. Apesar de não ser reconhecido pelas aberturas, teve sucesso usando um repertório variado nos primeiros lances, como o famoso Gambito da Dama (que inspirou a série O Gambito da Rainha da Netflix).

No filme O Dono do Jogo, de 2014, sobre a vida de Bobby Fischer, Sassky foi interpretado por Liev Schreiber. Tobey Maguire interpretou Fischer.

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