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Corinthians e PCC: quebra de sigilo bancário liga intermediário do clube à facção

Empresa que intermediou acordo do clube com VaideBet repassou comissão que está sendo investigada pela Polícia Civil

Por Redação 15 Maio 2025, 12h51

O acordo entre a VaideBet e o Corinthians ganha um novo capítulo. Após a rescisão do contrato em cinco meses por suspeita de um laranja, a intermediária do negócio foi ligada ao PCC em investigação da Polícia Civil. Após quebra de sigilo bancário, transações da empresa levaram a UJ Football Talent, citada pelo delator do PCC Vinicius Gritzbach, assassinado no Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024.

A Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro com apoio do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) investiga o acordo entre a casa de apostas e o clube. O SBT News teve acesso a investigação e publicou as informações. A Rede Social Media Design LTDA intermediou o acordo, apesar de não participar da negociação, segundo a ESPN, e recebeu uma comissão.

A Rede Social em um segundo momento fez dois repasses de R$580 mil e R$462 mil a outra empresa, a Neoway Soluções Integradas em Serviços LTDA. Em março de 2024, a Neoway transferiu R$1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas. Esta última fez três transferências, ao todo de R$874.150, para a UJ Football Talent Intermediação.

Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC morto no Aeroporto de Congonhas em novembro de 2024, citou a UJ Football em denúncia ao Ministério Público. Segundo o empresário, a companhia era controlada informalmente por um integrante do Primeiro Comando da Capital, o PCC.

Augusto Melo, presidente do clube paulista, Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, e Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing, depuseram em abril acerca do caso. Segundo a CNN, as falas dos investigados divergiam quanto a Alex Cassundé, dono da Rede Social Media Design LTDA. Melo é alvo de um processo de impeachment dentro do Corinthians, e o caso com a VaideBet é um dos principais motivos do pedido de sua saída do poder. 

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O Corinthians se pronunciou nesta quinta, 15, em apoio às investigações por meio de nota: 

“O Sport Club Corinthians Paulista informa que, até o momento, não há qualquer demonstração de autoria relacionada aos fatos mencionados. O presidente do Clube reafirma seu total apoio às investigações em andamento, bem como a todas as iniciativas que visem apurar eventuais envolvimentos do crime organizado no futebol brasileiro.

O Corinthians destaca que é vítima das circunstâncias investigadas e reforça que não possui controle sobre o que terceiros fazem com valores recebidos em decorrência de contratos firmados. O Clube cumpre rigorosamente todas as suas obrigações legais e contratuais, prezando pela transparência e integridade em suas operações.

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O Corinthians reitera seu compromisso com a transparência, a responsabilidade e a justiça no esporte, apoiando todas as medidas necessárias para garantir a lisura das competições e combater práticas ilícitas no futebol.”

Relembre o caso do Corinthians

Em 7 de janeiro de 2024, o Corinthians anunciou o maior contrato de patrocínio máster com a VaideBet. O clube receberia R$370 milhões pelos próximos três anos. 

Cinco meses depois, em 7 de junho, a casa de apostas rescindiu o contrato alegando violação da cláusula de anticorrupção por suspeita de um laranja no contrato entre as partes. Uma reportagem na coluna de Juca Kfouri no UOL, revelou o repasse da Rede Social Media Design LTDA a Neoway, esta que tem uma moradora de Peruíbe, em São Paulo, como sócia. Em entrevista ao UOL, a moça afirmou desconhecer o caso.

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Na época, o clube Alvinegro soltou uma nota respondendo as alegações:

“O Sport Club Corinthians Paulista tomou conhecimento da acusação publicada na imprensa na tarde desta segunda-feira (20) e reafirma que todas as negociações, incluindo patrocínios, se deram de forma legal com empresas regularmente constituídas. O clube destaca que não guarda responsabilidade sobre eventuais repasses de valores a terceiros. Caso sejam apresentadas quaisquer provas de ilícitos, estes serão discutidos junto ao Conselho Deliberativo para providências que se fizerem necessárias.”

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