Com o retorno do principal nome da natação brasileira nos últimos anos, a ausência de medalhistas olímpicos e a estreia do dueto misto no nado sincronizado, entre outras curiosidades, o Brasil disputará a partir desta sexta-feira mais uma edição do Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste, na Hungria. A delegação será composta por 61 atletas em seis modalidades: natação, maratonas aquáticas, nado sincronizado, polo aquático, saltos ornamentais e high diving (salto de grandes alturas)
Este será o primeiro grande evento que a equipe disputará após os Jogos Olímpicos Rio-2016, e depois da crise que assolou a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), que culminou na prisão de quatro dirigentes da entidade, entre eles o ex-presidente Coaracy Nunes.
Confira abaixo cinco curiosidades da participação do Brasil no Campeonato Mundial:
O retorno de Cesar Cielo
O Mundial de Budapeste marcará o retorno de Cesar Cielo à seleção brasileira, após o velocista não conseguir se classificar para os Jogos Rio-2016. Dono de três medalhas olímpicas, o atleta de 30 anos disputará sua especialidade, os 50m livre, da qual é tricampeão mundial em piscina longa (50m). As eliminatórias serão no dia 28.
Estreia do dueto misto
Pela primeira vez na história, o Brasil competirá em um Campeonato Mundial com um dueto misto no nado sincronizado – as duplas formadas por homens e mulheres entraram no programa do evento na edição passada, em 2015. O país será representado por Giovana Stephan e Renan Alcântara, que são namorados. Eles estrearão no dia 17, na prova técnica, e também exibirão outra performance no dia 22, na rotina livre.
Juntas, mas separadas
Nos Jogos Olímpicos Rio-2016, Ingrid Oliveira e Giovanna Pedroso desfizeram a parceria nos saltos ornamentais, após Ingrid levar para o quarto na Vila Olímpica o atleta Pedro Henrique Gonçalves, da canoagem. O episódio causou uma crise na dupla, que acabou culminando na separação. Ambas competirão em Budapeste, mas apenas na prova individual da plataforma, no dia 18.
Quem pode ganhar medalha
Bruno Fratus, Nicholas Santos e Ana Marcela Cunha pintam como os principais candidatos brasileiros a subir no pódio na Hungria. Fratus venceu cinco provas internacionais preparativas para o Campeonato Mundial, nos 50m livre na natação. Nicholas, por sua vez, lidera o ranking mundial dos 50m borboleta, com a marca de 22s61. E Ana Marcela pode ser considerada uma das favoritas nas maratonas aquáticas, por já ter conquistado seis medalhas em Mundiais passados.
Ausência de medalhistas olímpicos
Dois grandes nomes das modalidades aquáticas no Brasil não competirão na Hungria. O nadador Thiago Pereira, vice-campeão olímpico nos 400m medley nos Jogos de Londres-2012, aposentou-se em março deste ano. Já Poliana Okimoto, bronze na prova de 10km nas maratonas aquáticas na Rio-2016, não conseguiu classificar-se para o Mundial.