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Em carta, corintianos presos por briga relatam tensão em Bangu

‘Parça, a cadeia tá tensa, mais dia menos dia a cadeia vai virar e nós estamos aqui no meio do fogo cruzado, no meio de duas facções’, dizem os torcedores

Por Da Redação
Atualizado em 13 jan 2017, 20h17 - Publicado em 13 jan 2017, 16h23
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  • Um grupo de corintianos que permanece detido na cadeia pública José Frederico Marques, conhecida como Bangu 10, no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro, escreveu uma carta à torcida organizada Coringão Chopp, da qual fazem parte, pedindo ajuda para serem transferidos da unidade prisional por medo de briga entre facções criminosas.

    No total, 27 corintianos acusados de participar de uma briga nas arquibancadas do Maracanã estão detidos desde 23 de outubro do ano passado. Três dias após o episódio, ocorrido pouco antes do jogo entre Flamengo e Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro, 31 corintianos foram levados a uma ala de Bangu 10, cadeia que serve de triagem para o Complexo de Gericinó, para aguardar julgamento. Desde então, apenas quatro conseguiram habeas corpus para responder ao processo em liberdade. Os demais permanecem detidos.

    Eles estão confinados em celas separadas dos demais presos, mas a tensão que atinge os presídios do país desde o início do mês agora se reflete também na prisão dos corintianos. Isso porque, na primeira semana deste mês, pelo menos 300 presos na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4) foram transferidos para a prisão onde estão os corintianos. Esses presos seriam integrantes da facção Amigos dos Amigos (ADA) e foram trocados de unidade por risco de briga com uma facção rival.

    “O que acontece é o seguinte: depois que os caras tomaram a cadeia, estamos vivendo no nosso limite, sem direito a água, pão e rango. Parça, a cadeia tá tensa, mais dia menos dia a cadeia vai virar e nós estamos aqui no meio do fogo cruzado, no meio de duas facções, correndo risco de vida”, diz trecho de carta escrita a mão e endereçada a Lúcio Fagundes, presidente da Coringão Chopp. O manuscrito está assinado por quatro corintianos, conhecidos como Vinícius, Mon, Barroso e Pequenino.

    A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio foi procurada, mais ainda não comentou.

    (Com Estadão Conteúdo)

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