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Em resposta a Trump, Irã barra lutadores dos EUA em Mundial

Principal torneio de luta olímpica em 2017 deve ficar desfalcado da equipe americana. Federação internacional ainda confia em solução diplomática

Por da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h08 - Publicado em 3 fev 2017, 12h31
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  • O Campeonato Mundial de luta olímpica, marcado para os dias 16 e 17 deste mês no Irã, deve ser desfalcado por causa de uma crise geopolítica. Em resposta ao decreto assinado pelo presidente americano Donald Trump, que impede a entrada de iranianos e cidadãos de outros seis países de origem muçulmana nos Estados Unidos, a delegação americana de luta olímpica, formada por treze atletas, foi proibida de entrar no Irã para a disputa da competição.

    Bahram Qasemi, porta-voz do Ministro de Relações Exteriores do Irã, confirmou nesta sexta-feira à agência de Notícias da República Islâmica (Irna) que o princípio de reciprocidade, anunciado pelo Irã  horas depois do decreto de Trump, também vale para os lutadores americanos.

    A União Mundial de Luta afirmou em comunicado que ainda aguarda por uma solução diplomática. “A cooperação entre as federações americana e iraniana se tornou uma referência para nosso esporte. Competidores dessas nações sempre demonstraram o mais alto nível de esportividade e a interação capturada em fotos se tornaram sinônimo de habilidade de nosso esporte em transcender a política”, diz trecho do documento.

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    A federação americana de luta olímpica (USA Wrestling) aguarda o posicionamento oficial da União Mundial de Luta, confiante de que, no fim, seus atletas poderão entrar no Irã. O astro da equipe, Jordan Burroughs, campeão olímpico em Londres-2012, afirmou, em entrevista à ESPN, que o Irã é o melhor lugar para se competir, pois tem “os melhores torcedores do mundo”.

    “O esporte é uma das poucas instituições que transcendem a raça, religião, cultura e governo”, afirmou Burroughs. Cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen estão impedidos de entrar nos Estados Unidos ao menos pelos próximos 90 dias. Os refugiados sírios estão banidos por tempo indeterminado.

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