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Encontro real: o dia em que Elizabeth II assistiu ao rei Pelé jogar

Morta nesta quinta aos 96 anos, monarca mais longeva do Reino Unido viu histórico duelo entre paulistas e cariocas diante de 100 mil súditos no Maracanã

Por Luiz Felipe Castro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 set 2022, 15h33 - Publicado em 8 set 2022, 15h31
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  • Príncipe Philip e rainha Elizabeth II cumprimentando o jogador Pelé, no Estádio do Maracanã -
    Príncipe Philip e rainha Elizabeth II cumprimentando o jogador Pelé, no Estádio do Maracanã - (Reprodução/Twitter)

    A rainha Elizabeth II, que morreu nesta quinta-feira, 8, aos 96 anos, foi presença constante em grandes eventos esportivos ao longo das sete décadas em que ocupou o trono do Reino Unido. Os rumores davam conta de que a monarca torcia pelo West Ham, de Londres – apesar de a informação nunca ter sido oficialmente confirmada. Um dos eventos mais memoráveis ocorreu em pleno Maracanã, em um verdadeiro encontro de majestades, diante de mais de 100 mil súditos.

    O ano era 1968, marcado pela Primavera de Praga, pelo auge da Guerra do Vietnã e da Guerra Fria, por protestos estudantis ao redor do mundo, pelo assassinato de Martin Luther King, pelos protestos dos Panteras Negras na Olimpíada do México e pelo surgimento do movimento hippie, entre outros fatos históricos. No Brasil, a ditadura militar já ensaiava seus movimentos mais cruéis, mas o país viveu uma tarde de enorme alegria naquele 10 de novembro.

    Jogavam a seleção carioca, com Gerson como destaque, e a paulista, de Pelé. Durante muitas décadas, o amistoso entre os escretes dos principais estados do país foi uma grande atração. A Rainha Elizabeth II e o Príncipe Philip já haviam passado por Recife, Salvador, Brasília, São Paulo e Campinas antes de encerrarem sua primeira e única visita juntos ao Brasil no Rio de Janeiro. A missão diplomática real tinha como objetivo estreitar relações com brasileiros e chilenos e ampliar a influência britânica no continente. O afago em Pelé certamente contribuiu para o objetivo.

    Conta-se que partiu da própria Elizabeth II, que dois anos antes vira de perto o camisa 10 sofrer com a truculência dos rivais na Copa do Mundo da Inglaterra, o desejo de ver o rei Edson Arantes do Nascimento no Maracanã. O duelo entre cariocas e paulistas foi organizado justamente com este propósito, e valia não apenas um afago da rainha, mas um prêmio de 1 milhão de cruzeiros.

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    A seleção carioca, com seu tradicional uniforme azul, entrou em campo com Félix, Moreira, Brito, Leônidas e Paulo Henrique; Carlos Roberto, Gérson e Paulo César; Nado, Jair e Roberto; a paulista, com sua camisa listrada em preto e branco, com detalhes vermelhos na gola, jogou com Picasso, Carlos Alberto, Jurandir, Dias e Rildo; Clodoaldo, Rivelino e Pelé; Paulo Borges, Toninho e Abel.

    Diante das presenças ilustres nas cadeiras de honra do Maracanã, Pelé marcou o seu, o 900º de sua carreira (o milésimo viria no ano seguinte, no mesmo estádio, contra o Vasco). A seleção paulista venceu o jogo por 3 a 2: Toninho e Carlos Alberto Torres marcaram os outros gols, enquanto Roberto e Paulo Cezar Caju, então ídolo do Botafogo, descontaram para os anfitriões.

    Com a vitória, deu-se o tão aguardado encontro entre Pelé e Elizabeth, com Philip e o presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), João Havelange, ao lado. Ao ser apresentada ao camisa 10, a Rainha teria dito, segundo os jornais da época: “eu sei. Já o conheço de nome e me sinto muito feliz em cumprimentá-lo”.

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