Campeão de Fórmula 2 este ano, Felipe Drugovich, de 22 anos, é mais um brasileiro na Fórmula 1 com perspectiva de ocupar espaço na categoria em 2023. Desde setembro, ele está na Aston Martin como piloto reserva e de testes. Drugovich se junta a Pietro Fittipaldi, neto de Emerson Fittipaldi, que ocupa as mesmas funções na Haas de Kevin Magnussen e Mick Schumacher e tem chances para assumir uma posição como piloto principal na próxima temporada.
Após completar a preparação no Circuito de Silverstone, na Inglaterra, onde dirigiu um modelo AMR21 por um total de 300 quilômetros, o piloto de Maringá fará sua estreia oficial pilotando um carro da equipe no primeiro treino livre do Grande Prêmio de Abu Dhabi, que acontece de 17 a 20 de novembro, última etapa da temporada.
“É claro que se fosse preciso substituir alguém hoje, eu estaria pronto”, disse Drugovich a um grupo de jornalistas do qual VEJA fazia parte, em frente à dependências da Aston Martin no Autódromo de Interlagos. “Mas acho que, depois de Abu Dhabi, vou me sentir muito mais confortável com o carro.”
Drugovich disse que pretende correr paralelamente em outra categoria e que conversou com a sua atual equipe sobre o assunto. “Eles também acham que é importante para eu não ficar tanto tempo parado”, disse. “Acho que uma categoria acima da F2, como Endurance ou Indy, seria o ideal.”
Mirando no exemplo de Kevin Magnussen, que ocupou o lugar do russo Nikita Mazepin após a eclosão da Guerra da Ucrânia, Felipe tem boas expectativas para o futuro. “Com certeza, oda a experiência que eu vou ganhar no ano que vem vai ser crucial”, disse ele. “Como piloto, gostaria de estar lá no ano que vem, mas tenho que aceitar essa situação e tentar tirar o máximo dela.”