Federação Internacional de Atletismo anuncia testes genéticos para atletas mulheres
As provas precisarão ser feitas apenas uma vez na carreira para descartar a presença do gene SRY, determinante do sexo masculino

A World Athletics (Federação Internacional de Atletismo) anunciou nesta terça, 25, que em breve atletas mulheres terão que realizar um teste genético para competir nos eventos de categoria feminina. Sebastian Coe, presidente da Federação, foi o porta-voz do anúncio após decisão em reunião do conselho, que busca endurecer regras de elegibilidade para as provas de atletismo .
O teste tem o objetivo de descartar a presença do gene SRY, determinante do sexo masculino biológico nos humanos e outros mamíferos. Atletas terão de realizar o teste apenas uma vez na carreira.
Coe, que perdeu as eleições para presidência do COI no dia 20, afirmou que os regulamentos serão divulgados em breve e que a Federação está à procura de empresas que possam conduzir a testagem através da análise de saliva na bochecha ou de sangue seco. De acordo com o presidente, o propósito da medida é “proteger obstinadamente a categoria feminina”.
A Federação Internacional de Atletismo proíbe desde 2023 a participação, nos eventos internacionais na categoria feminina, de atletas transgênero que passaram pela puberdade masculina.
Atletas com DSD (diferenças no desenvolvimento sexual), como a bicampeã olímpica nos 800m Caster Semenya, também vem sofrendo com os regulamentos da World Athletics. No caso da sul-africana, seus níveis elevados de andrógenos, como testosterona, devem diminuir. Semenya se recusa a cumprir as medidas, e está proibida de competir desde 2018.
