Fifa abre processo disciplinar contra a CBF
Entidade que comanda o futebol no mun do não admite interferência de governos e da Justiça dos países nas respectivas confederações
A Fifa abriu nesta segunda-feira, 28, um processo disciplinar contra o Brasil, a exemplo do que fez com Quênia e Zimbábue na semana passada. A razão está na decisão monocrática de Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que desconsiderou o resultado da mais recente Assembleia Geral da CBF, realizada no dia 24.
Na reunião, decidiu-se que o presidente interino, Ednaldo Rodrigues, permaneceria à frente da confederação até a realização de novas eleições. Martins determinou que o diretor mais velho da entidade brasileira assumisse o cargo para conduzir um novo processo eleitoral.
A Fifa também enviou à CBF pedidos de esclarecimento sobre a ingerência da Justiça comum na confederação. Em seu estatuto, a Fifa estabelece que as associações filiadas são obrigadas a administrar seus negócios de forma independente e sem influência de terceiros.
Qualquer violação dessas obrigações pode levar a uma série de sanções, o que inclui até a proibição de disputar Copa do Mundo. Foi o que aconteceu também com o Quênia e Zimbábue.
Um acordo entre a CBF e o Ministério Público do Rio, que abriu a ação, suspendeu a decisão de Martins, ligado ao grupo opositor de Rodrigues. Por enquanto.