A cena foi comovente. Ao entrar no túnel que dá acesso à tribuna de honra da quadra central de Wimbledon, e depois descer com delicadeza os degraus do mítico espaço, a princesa Kate Middleton foi ovacionada. Acompanhada de um clone, a filha, Charlotte, de 9 anos, sorria a não mais poder. Ela já havia aparecido em um evento tradicional, de honraria a tropas britânicas, mas não com a amplitude do clássico torneio de tênis. Em tratamento de um câncer, supostamente no intestino (os detalhes nunca foram revelados), Kate sorria como sempre. Magra — ou simplesmente elegante, convém ressaltar —, foi de roxo, em um vestido da grife londrina Safiyaa, avaliado em pouco mais de 1 080 dólares, o equivalente a 6 300 reais. A cor, dizem os otimistas, significa esperança para quem tem problemas oncológicos. “É maravilhoso estar aqui novamente”, postou nas oficialíssimas redes oficiais. “Nada se compara a esse campeonato.” A tarde findou com uma cena inesquecível: a coroação do novo rei do lugar, o espanhol Carlos Alcaraz, 21 anos, bicampeão do torneio, que atropelou o fenomenal sérvio Novak Djokovic, 37 anos, por 3 a 0. Antes de receber o troféu, Alcaraz fez duas breves genuflexões, de quem sabia estar diante da mulher do futuro monarca da Inglaterra. E onde estava William? Em Berlim, ao lado de George, de 10 anos (a cara do pai), na arquibancada do Estádio Olímpico, testemunhando a derrota da Inglaterra para a Espanha, na final da Eurocopa. Nem tudo foi um domingo de alegria para os Windsor.
Publicado em VEJA de 19 de julho de 2024, edição nº 2902