Lazio, da Itália, recompra bisneto de Mussolini para emprestá-lo novamente
Lateral-direito estava emprestado ao Juve Stabia, da Série B, clube no qual atuou em 37 partidas e fez um gol

A Lazio exerceu seu direito de recompra sobre o lateral-direito Romano Floriani Mussolini, de 22 anos, que estava emprestado ao Juve Stabia. Contudo, o clube romano não o manteve em seu elenco, decidindo emprestá-lo novamente, desta vez para a Cremonese, onde o jogador permanecerá até junho de 2026. A movimentação no mercado de transferências, no entanto, é apenas mais um capítulo na já notória carreira do bisneto do ditador fascista Benito Mussolini, que segue gerando debates e polêmicas para além dos gramados.
Nascido em Roma em 27 de janeiro de 2003, Romano Benito Floriani Mussolini é filho de Mauro Floriani e Alessandra Mussolini, neta de Benito Mussolini. Sua formação começou no AS Roma, antes de se transferir para a arquirrival Lazio. A partir de 2021, mesmo com poucas atuações, ele assinou seu primeiro contrato profissional com a Lazio. Apesar das declarações do técnico de juniores da Lazio, Mauro Bianchessi, de que o sobrenome não influenciaria, Romano Floriani Mussolini defende publicamente que deseja ser avaliado apenas por seu desempenho em campo.
Nos últimos anos, o lateral-direito tem acumulado empréstimos para ganhar experiência. Em 2023, foi para o Pescara, disputando 28 jogos e dando uma assistência. No ano passado, foi cedido ao Juve Stabia, da Série B, onde atuou em 37 partidas, marcou um gol e deu duas assistências. Sua passagem pelo Juve Stabia foi marcada por uma polêmica, quando, após seu primeiro gol como profissional, torcedores entoaram “Mussolini” e fizeram a “Saudação Romana”, levando a Federação Italiana de Futebol (FIGC) a iniciar uma investigação. Curiosamente, Romano revelou que, no Juve Stabia, preferia ser chamado de Romano Mussolini.
A ligação de Floriani Mussolini com o fascismo é inevitável devido ao fato de que seu bisavô, que governou a Itália ditatorialmente. A própria torcida da Lazio tem uma notória associação com o fascismo e neonazismo, com históricos de incidentes como a exibição de faixas antissemitas e a saudação romana de ex-jogadores. Embora Romano tenha declarado não ter interesse em política, sua presença em campo frequentemente inflama adeptos de ideologias supremacistas, mantendo sua trajetória no futebol italiano como um ponto de convergência entre esporte, história familiar e controvérsias políticas.