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Liga chinesa restringe número de estrangeiros em campo

Preocupada com gastos excessivos e com o desenvolvimento da seleção chinesa, federação do país estabelece novas regras para o campeonato de 2017

Por da redação
16 jan 2017, 10h05
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  • O jogador Oscar é recebido no clube chinês Shanghai SIPG
    Brasileiro Oscar é recebido no clube chinês Shanghai SIPG (Instagram/@oscar_emboaba/Reprodução)

    Depois de criar um terremoto no futebol mundial, a China decidiu adotar uma série de medidas para controlar a “invasão de estrangeiros” e regular o mercado de jogadores. Nesta segunda-feira, a Associação de Futebol da China anunciou que, a partir deste ano, apenas três jogadores estrangeiros de cada equipe poderão entrar em campo a cada partida.

    A medida afeta diretamente os jogadores oriundos de outros países da Confederação Asiática de Futebol, uma vez que, pela regra anterior, permitia-se a escalação de quatro estrangeiros, sendo um asiático não chinês. Agora, essa cota regional foi eliminada. Cada clube pode continuar escalando três não-asiáticos por jogo no Campeonato Chinês.

    Em cada jogo, um clube continua podendo selecionar cinco estrangeiros para a partida, sendo que dois deles precisariam estar no banco. Isso pode inclusive aumentar a procura dos chineses por atletas sul-americanos e europeus, uma vez que não há mais a exigência que um desses cinco atletas estrangeiros no elenco seja de outro país asiático.

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    Além disso, as novas leis exigem que cada time escale para um jogo pelo menos um atleta com menos de 23 anos de idade. “Tomamos essas medidas para o melhor desenvolvimento do futebol chinês e melhor treinamento para os jogadores chineses”, explicou a Associação Chinesa, em comunicado. Na avaliação da entidade, isso vai “elevar o nível da seleção e manter um desenvolvimento saudável, estável e sustentável da liga profissional”.

    Outra medida foi a de frear os gastos “irracionais” de clubes que, apenas na última janela de transferências, investiram 300 milhões de dólares para comprar astros do futebol. A meta é dar mais espaço nos clubes para talentos locais e também frear os gastos de cartolas chineses que, nos últimos meses, passaram a distorcer o mercado internacional com propostas milionárias.

    O jogador Tevez, do Boca Juniors, comemora gol durante partida contra o River Plate, em partida válida pelo Campeonato Argentini, realizada no estádio Antonio Liberti, em Buenos Aires - 11/12/2016
     Na China, argentino Tevez se tornou jogador mais bem pago do mundo (Marcos Brindicci/Reuters)

    Desde o final do ano passado, o governo chinês vem alertando sobre a fuga de capital do país para o exterior e, por isso, Pequim quer maiores garantias de que magnatas chineses apostem no país. A saída de recursos ainda estava criando uma pressão sobre a moeda chinesa. Outra suspeita era de que parte desses anúncios faziam parte de esquemas de lavagem de dinheiro.

    No futebol, as autoridades estimam que pelo menos 2 bilhões de dólares foram gastos por chineses para comprar clubes na Europa. Além disso, contratações como a do brasileiro Oscar, por 63 milhões de dólares, foi um recorde na Ásia. Já o argentino Carlos Tevez, com um suposto salário de 20 milhões de dólares por ano, seria hoje o jogador mais bem pago por um clube no mundo.

    As autoridades ainda alertaram que vão tomar outras medidas e breve contra o “investimento irracional e salários altos para jogadores”. Entre as propostas sob consideração estão a implementação de padrões financeiros sobre clubes e auditorias externas nessas transações. Se oficialmente a liga chinesa é uma entidade independente, a medida anunciada nesta segunda-feira revela a dimensão do controle do estado chinês no esporte.

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    (com Estadão Conteúdo)

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