Uma controvérsia marcou o quinto dia de disputas do Campeonato Mundial de Atletismo em Londres (ING), nesta terça-feira. A polêmica teve como personagem principal o atleta Isaac Makwala, que foi proibido de competir na final dos 400m rasos pela Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF), e reclamou da decisão.
O corredor de Botswana apareceu no Estádio Olímpico para disputar a prova, mas foi barrado por membros da organização da competição. O motivo foi o fato de Makwala ter sofrido uma gastroenterite, como consequência de uma intoxicação alimentar. O problema afetou outros atletas que estavam hospedados no mesmo hotel do africano em Londres.
Em nota oficial divulgada nesta terça-feira, a IAAF explicou que tomou tal decisão com base em um exame médico feito no atleta na segunda-feira e em uma regulamentação do Reino Unido, onde a competição é sediada. Nela, é exigido um isolamento de 48 horas em casos de doença infecciosa. De acordo com esta regra, o corredor de 30 anos só poderia sair de seus aposentos nesta quarta-feira.
O atleta, no entanto, contestou a versão. Em seu perfil no Facebook, Makwala rebateu os argumentos da IAAF.
“É com o coração partido que eu anuncio que não disputarei a final dos 400m. (…) Eu reafirmo que não estou doente e que não fui examinado por nenhum médico”, escreveu o atleta.
Makwala, terceiro colocado no ranking mundial dos 400m em 2017, era considerado um candidato à medalha na prova e um dos principais adversários do sul-africano Wayde Van Niekerk ao ouro. Com a ausência do atleta de Botswana, o atual campeão olímpico venceu a prova nesta terça-feira, com a marca de 43s98. A medalha de prata ficou com Steven Gardiner, de Bahamas (44s41), e o bronze foi para Abdalelah Haroun, do Qatar (44s48).