Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Black Friday: 4 Revistas pelo preço de uma!

Mascotes da Copa de 2026 farão sucesso? O que indica histórico de personagens

Fifa anunciou trio para representar os três países que vão sediar o evento: Clutch (EUA), Zayu (México) e Maple (Canadá)

Por Natalia Tiemi Hanada Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 out 2025, 08h00

São personagens fofinhos, coloridos e dá-lhe produção maciça em fábricas quase sempre chinesas para distribuí-los pelo mundo como suvenir. As mascotes da Copa do Mundo são um clássico desde o leãozinho Willie de 1966 — outros quinhentos, contudo, é saber se vão colar ou não. A Fifa acaba de anunciar o trio para 2026, e são três porque o torneio será disputado simultaneamente nos Estados Unidos, no México e no Canadá. A figura americana é a águia Clutch. A mexicana é a onça-pintada Zayu. A canadense é o alce Maple. Daqui a alguns meses, quando a bola rolar — ah, a bola, a Trionda, também é nova e também tem desenhos atrelados às três nações, porque assim manda o figurino e o marketing —, teremos ideia do futuro breve da turminha, mas um bom exercício, agora, é uma piscadela para o passado.

SEM GRAÇA - O Juanito, de 1970, com o chapelão, e o Pique bigodudo, de 1986: para lá de datados
SEM GRAÇA – O Juanito, de 1970, com o chapelão, e o Pique bigodudo, de 1986: para lá de datados (./Divulgação)

A evolução dos personagens traduz o espírito do tempo — e como foram mudando. Tome-se como exemplo o Juanito, da Copa de 1970 no México: era um menino com a camisa da seleção nacional e um imenso sombrero, o tradicional chapelão. Em 1986, quando o torneio voltou ao país de Pancho Villa e Frida Kahlo, inventaram o Pique, uma pimenta de imenso bigode e, claro, o indefectível sombrero. Não podiam ser figuras mais óbvias, atreladas àquele momento, o olhar do rico mundo ocidental europeu para o clichê do clichê. Melhorou, hoje: a onça é símbolo das civilizações antigas — sem fios acima dos lábios e sem levar nada em cima da cabeça. “Ao trocar o estereótipo do sombrero por um animal regional, há um esforço claro de ressignificar a identidade mexicana sob uma ótica mais diversa e moderna, sem caricaturas”, afirma Bruno Brum, CMO da agência End to End, especializada em marketing esportivo. “A mudança mostra que as marcas esportivas globais entendem que toda representação simbólica precisa respeitar a complexidade cultural, evitando simplificações que antes eram vistas como celebração.”

“VAI TER?” - Fuleco, o tatu-bola de 2014: engolido pelos protestos contra tudo
“VAI TER?” - Fuleco, o tatu-bola de 2014: engolido pelos protestos contra tudo (Christophe Simon/AFP)

Não faria sentido, realmente, navegar naquela obviedade datada — e trabalhar com animais é sempre mais fácil. Opa, nem sempre. Convém lembrar da confusão provocada pelo Fuleco, o tatu-bola da Copa de 2014, no Brasil, coitadinho, arrastado ao ostracismo. O bicho foi engolido pelos protestos de 2013, ao lado de cartazes como “Não vai ter Copa”. Teve Copa, mas o bichinho foi levado ao banco de reservas e nunca mais apareceu. Para piorar, as entidades de proteção da fauna chiaram, e com alguma razão, porque a Fifa decidiu pô-lo em cena, mas nada de ajuda financeira para a luta contra a extinção da espécie.

Continua após a publicidade
MARKETING - A bola oficial, chamada Trionda: com as cores de cada país
MARKETING - A bola oficial, chamada Trionda: com as cores de cada país (ADIDAS/EFE)

Vai dar certo a partir de agora e durante 2026? Só as crianças sabem — porque nem a força da propaganda americana é capaz de salvar tudo. E some-se, enfim, um inesperado movimento político — calhou de os três países envolvidos no torneio estarem às turras, com Donald Trump esbravejando contra México e Canadá, e dá-lhe tarifas em cima de tarifas. Não por acaso, um articulista do site The Athletic deu boa ideia, irônica: e se a águia fosse batizada de Donald?

Publicado em VEJA de 10 de outubro de 2025, edição nº 2965

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA CONTEÚDO LIBERADO

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.