Morreu na madrugada deste domingo, 2, em São Paulo, o ex-boxeador Éder Jofre. Em março, prestes a completar 86 anos de idade, ele foi internado com um quadro de pneumonia. A morte do ex-atleta, que também sofria de encefalopatia traumática crônica em razão das pancadas na cabeça que sofreu ao longo da sua carreira, foi confirmada em seu perfil oficial nas redes sociais.
Jofre é considerado o maior pugilista da história do Brasil, tendo sido três vezes campeão mundial, das quais duas pela categoria peso galo, em 1960 e 1965, e uma como peso pena, em 1973. Conhecido como “Galo de Ouro”, é o único brasileiro no Hall da Fama do Boxe. A revista americana The Ring o considerou, no início dos anos 2000, um dos maiores pesos galo da história.
A mesma revista o colocou como o maior boxeador dos anos 1960, à frente, por exemplo, de Muhammad Ali. Jofre, que também foi o primeiro nome a integrar o Hall da Fama do Esporte de São Paulo, em 2019, teve, ao todo em sua carreira, 75 vitórias, sendo 52 por nocaute. Ele teve ainda quatro empates e só duas derrotas, por pontos. Ele nunca foi nocauteado.
O boxeador se aposentou dos ringues em 1976. Ele foi ainda vereador de São Paulo por três mandatos, entre 1986 e 2000. Em 2018 foi lançado o filme “10 segundos para vencer” sobre a a sua trajetória. Seu papel foi interpretado pelo ator Daniel Oliveira.