A nadadora Joanna Maranhão, uma das vozes mais críticas do esporte brasileiro, decidiu se aventurar de vez na política nacional. Após apoiar publicamente as candidaturas de Marcelo Freixo no Rio e Luiza Erundina em São Paulo, ela assinou sua filiação ao PSOL.
Em agosto, durante a Olimpíada do Rio de Janeiro, Joanna Maranhão causou bastante controvérsia. Depois de fazer comentários contrários ao impeachment da então presidente Dilma Rousseff, passou a conviver com críticas pesadas nas redes sociais, sobretudo após seus maus resultados na competição.
Ainda durante os Jogos, após deixar a Vila dos Atletas, Joanna registrou queixa na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) contra mais de 250 autores de ofensas, alguns deles chegando ao ponto de dizer que ela “merecia ser estuprada”. Anos atrás, a nadadora de 29 anos revelou ter sido vítima de abuso sexual na infância.
Apesar de ser natural de Pernambuco, onde comanda um projeto social, o Infância Livre, que combate o abuso infantil, Joanna se filiou ao PSOL de Belo Horizonte. Ela recentemente se mudou para a capital mineira depois de se casar com o judoca Luciano Corrêa, do Minas Tênis Clube. A nadadora, porém, fechou contrato com a Unisanta, de Santos, depois de não ter o contrato renovado pelo Pinheiros.
Nas redes sociais, ela negou que a filiação, comemorada inclusive pelo presidente do PSOL nacional, Luiz Araújo, seja motivada por uma candidatura futura. “(Eu me filiei), mas sem intenção de me candidatar. Acredito nas pautas do partido e milito por isso.”
No campo esportivo, Joanna, dona de oito medalhas em Jogos Pan-Americanos, vem sendo a principal voz contra o fato de a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) ter apontado, sem questionar os nadadores, os membros da comissão de atletas, que terá voto na eleição da entidade. “A Comissão de Atletas montada pela CBDA é imoral e ilegal”, opinou também em seu Twitter.
(Com Estadão Conteúdo)