Neymar e pai de Lamine Yamal não gostaram dos resultados da Bola de Ouro
Dupla criticou a escolha de Ousmane Dembélé, do PSG, como melhor da temporada

Neymar e Mounir Nasraoui, pai do atacante Lamine Yamal, do Barcelona, não gostaram nada dos resultados do prêmio Bola de Ouro, anunciados nesta segunda-feira, 22, em Paris, na França. O jogador do Santos e Nasrraoui ficaram espacialmente irritados com a escolha de Ousmane Dembélé, do PSG, como melhor da temporada.
Na verdade, Neymar criticou a colocação do brasileiro Raphinha no ranking de melhores jogadores da temporada. O atacante do Barcelona e da seleção brasileira ficou em quinto lugar. “Raphinha em 5º é sacanagem demais”, disparou o jogador nas suas redes sociais. A expectativa é que terminasse ao menos entre os três primeiros.
Nasrraoui foi mais contundente. “Acho que Lamine Yamal é o melhor jogador do mundo, de longe, por uma margem enorme”, disse o pai de Yamal ao programa El Chiringuito. “Não porque ele é meu filho, mas porque ele é o melhor jogador do mundo. Acho que não há rivais. Lamine é Lamine Yamal, temos que dizer que algo muito estranho aconteceu aqui. Ano que vem a Bola de Ouro será espanhola.”
Quando um brasileiro venceu uma Bola de Ouro pela última vez?
O Brasil chegou a 6 anos sem conquistar uma premiação “relevante” da Bola de Ouro, levando em conta que o goleiro Alisson, do Liverpool, foi eleito o melhor goleiro, em 2019. Entre os melhores jogadores do planeta, nossa última escolha foi há quase 20 anos, em 2007, quando o meia Kaká vestia a camisa do Milan.
Para especialistas da indústria esportiva, o fato do Brasil não ganhar a disputa há muitos anos, apesar da seleta e grandiosa lista de grandes atletas atuando com destaque no futebol europeu, reflete que a competitividade aumentou, mas não impede de o país mais vezes campeão do mundo a ser protagonista novamente.
“É notório que franceses e espanhóis formaram nos últimos anos mais atletas aptos a ganhar esse prêmio, mas isso não significa que brasileiros não possam conquistar nos próximos anos. Vinicius esteve proximo delo no último ano, e não ter sido escolhido gerou questionamentos em todo o mundo. Tem apenas 25 anos, já conquistou duas vezes a Champions e foi decisivo em ambas. Pode disputar mais três Copas do Mundo”, analisa Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana, comandada pelo cantor Jay-Z, que gerencia a carreira de centenas de atletas, que complementa.
“Raphinha foi um dos cinco primeiros nesse ano, e muitos acreditavam que seria um dos três. Endrick chegou ao maior clube do mundo logo que completou dezoito anos, e na sua primeira temporada teve números melhores que os dois tiveram ao chegar a Europa. A concorrência com Yamal e Mbappé nos proximos anos vai tornar esse desafio enorme, mas não impossível, e a próxima Copa do Mundo, sob o comando de Ancelotti, pode reservar algo relevante para os nossos”, diz.