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O que significa o plano de investimento externo anunciado pelo Real Madrid?

Sócios continuam no controle do clube, com acionista minoritário externo

Por Natalia Tiemi Hanada Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 nov 2025, 15h46 - Publicado em 25 nov 2025, 15h24

O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, anunciou neste domingo, 23, um plano de venda de participações do clube a investidores externos. A proposta inédita na história dos blancos foi apresentada em assembleia geral com os sócios, que continuarão com controle absoluto do clube. Um acionista minoritário teria cerca de 5% das ações.

Diferente de uma SAF (Sociedade Anônima de Futebol), em que a maior parte do clube fica nas mãos de uma empresa terceira, os 100 mil sócios do Real Madrid seguirão com 95% das ações. “Acredito firmemente que a nossa estrutura associativa deve ser preservada e reforçada para o futuro com uma reforma dos estatutos”, disse o presidente em seu discurso na assembleia. 

Ele também afirmou que busca reconhecimento dos sócios como os verdadeiros proprietários, e uma quantidade de sócios deve ser definida no futuro. Um novo sócio poderá ser incorporado quando houver uma vaga por falecimento. Filhos e descendentes terão prioridade, para valorizar o espírito familiar do clube. 

À frente do clube desde 2000, Pérez disse que os principais objetivos da mudança são “blindar o clube de ataques externos e internos contra o nosso patrimônio, e reforçar o seu valor para que todos tenhamos plena consciência do tesouro que está nas mãos dos sócios”. 

Para alcançá-los, será criada uma subsidiária com participação minoritária, “nunca superior a 10% de um ou vários investidores comprometidos a muito longo prazo e dispostos a aportar recursos próprios”. A participação limitada impede que o controle saia das mãos dos sócios.

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O próximo passo é a aprovação do plano pelos próprios sócios em uma assembleia extraordinária a ser convocada. 

“A possível abertura para investidores externos é uma estratégia relevante e, se for aprovada, representará um passo importante para ampliar sua competitividade frente aos outros clubes, muitos que já operam com estruturas mais modernas e capitalizadas”, afirma Moises Assayag, sócio-diretor da Channel Associados e especialista em finanças no esporte.

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