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Os argumentos da defesa do jogador Renan, que atropelou motociclista em SP

Atleta que pertence ao Palmeiras foi solto depois de pagar fiança de 242 mil reais

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 jul 2022, 17h48 - Publicado em 23 jul 2022, 17h21

Os advogados do jogador de futebol Renan Victor da Silva, 20 anos, que atuava no RB Bragantino e pertence ao Palmeiras, usaram a experiência profissional do atleta para justificar o pedido de liberdade do rapaz, preso em flagrante, na manhã de sexta-feira (22), por dirigir alcoolizado, atropelar e vitimar um homem de 38 anos que estava em uma motocicleta, na Rodovia Alkindar Monteiro Junqueira, entre Itatiba e Bragança Paulista. 

O peticionário (Renan), jovem de apenas 20 anos, é jogador de futebol profissional com carreira promissora. Mesmo estando no início de sua trajetória como atleta,  já coleciona conquistas como ter sido campeão do Mundial sub-17 com a Seleção Brasileira e bicampeão da Copa Libertadores com a Sociedade Esportiva Palmeiras. Atualmente, desenvolve suas atividades na equipe do Red Bull Bragantino, conforme contrato de trabalho anexo.  Inclusive, reside na cidade de Bragança Paulista (SP), como se vê do contrato de locação também anexo”, escreveu o advogado do jogador, que anexou ao processo os títulos e o contrato com a equipe paulista.

Aos policiais, o atleta, que não possuía carteira de habilitação, disse que ingeriu bebida alcoólica, mas se negou a fazer o teste do bafômetro. “O indiciado apresentava odor etílico, mas não apresentava demais sinais característicos de embriaguez, não podendo ser afirmar que estava embriagado, no entanto, ao ser questionado a respeito de ter ingerido bebida alcoólica, disse ter ingerido gin numa festa em que estava”, afirmou o agente que lavrou a prisão em flagrante. “Ao ser questionado o que teria acontecido, Renan disse que acabou cochilando no volante e colidiu contra a motocicleta conduzida pela vítima”.

No despacho que determinou a soltura de Renan, o juiz Fábio Franco de Camargo estabeleceu uma fiança de 242 000 reais, o equivalente a 2,8 salários que o jogador recebe mensalmente,  e algumas proibições e obrigações. “Além do compromisso de comparecer a todos os atos do processo, quando convocado, mantendo endereço atualizado nos autos; proibição de frequentar bares, prostíbulos e casas de show; proibição de se ausentar da comarca, sem autorização judicial; e, obrigação de entregar seu passaporte à Polícia Federal, no prazo de 72 horas; tudo sob pena de revogação do benefício”. Após tomar conhecimento do caso, o RB Bragantino anunciou a rescisão com o atleta.

 

 

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