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Saiba quem é a nova presidente do Comitê Olímpico Internacional

Kirsty Coventry foi eleita nesta quinta-feira, 20, tornando-se a primeira mulher e a primeira africana no cargo

Por Natalia Tiemi Hanada Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 mar 2025, 09h07 - Publicado em 20 mar 2025, 13h02

O Comitê Olímpico Internacional (COI) tem um novo presidente. Ou melhor, uma nova presidente: Kirsty Coventry. Pela primeira vez em 130 anos de história, o COI elegeu uma mulher para ocupar o cargo mais alto da instituição. O atual presidente Thomas Bach deixa o cargo após 12 anos da sua eleição em 2013. O alemão termina seu mandato em 23 de junho. Sua sucessora é apenas a décima presidente do Comitê, sendo que o primeiro foi o grego Demetrius Vikelas em 1894. 

Ex-nadadora zimbabuana, Kirsty Coventry era a única mulher na disputa para o cargo que nunca teve uma ocupante feminina. Sete vezes medalhista olímpica em Atenas 2004 e Pequim 2008, Coventry era a preferência do atual presidente Bach pelo seu trabalho pela equidade dentro da organização. Dentro do COI, a campeã olímpica preside a Comissão de Atletas. Com a vitória aos 41 anos, Kirsty Coventry se tornou a pessoa mais jovem eleita presidente do Comitê e, além de primeira mulher, a primeira dirigente fora do eixo Europa-América do Norte.

RIO DE JANEIRO, BRAZIL - AUGUST 11: Hilary Caldwell of Canada and Kirsty Coventry of Zimbabwe look up to the scoreboard following their Heat in the Women's 200m Backstroke on Day 6 of the Rio 2016 Olympic Games at the Olympic Aquatics Stadium on August 11, 2016 in Rio de Janerio, Brazil.
Coventry é bicampeã olímpica na natação (Vaughn Ridley/Getty Images)

Em seu discurso de aceitação, Coventry afirmou: “Vou deixar todos vocês muito, muito orgulhosos e, espero, extremamente confiantes na decisão que tomaram. Agora temos algum trabalho juntos.”

Em cerimônia na Grécia, a 144ª sessão dos membros do comitê elegeu sua nova presidente para um mandato de oito anos, e possibilidade máxima de 12. Os 109 membros escolheram Coventry através do voto secreto por maioria simples. Caso não ocorresse uma maioria, o candidato com menos votos seria eliminado e aconteceria uma nova rodada até atingir o número necessário. Os candidatos e seus compatriotas só votariam se o candidato do país tivesse sido eliminado. Apesar do aparente equilíbrio, e falta de favoritismos, a eleição se encerrou na primeira rodada.

De Bach para Coventry

O mandato de Thomas Bach enfrentou grandes desafios. O escândalo de doping russo foi um marco para a história das Olimpíadas. Após os jogos de inverno em Sochi, na Rússia, em 2014, um esquema de doping financiado pelo Estado de Putin gerou escândalo na comunidade olímpica. Atletas russos foram banidos de competições, incluindo as Olimpíadas de Tóquio. Na França, em 2024, os russos ficaram de fora por conta da invasão à Ucrânia, ressaltando outro ponto político que afetou o tempo de presidência de Bach.

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Um grande desafio de Coventry será a política global. Donald Trump, assim como influenciou o mandato de Bach, pode ser uma figura que exigirá diplomacia por parte da nova presidente. O presidente dos Estados Unidos se pronunciou contrário à participação de atletas trans nos esportes, após a polêmica com atletas com diferenças de desenvolvimento sexual (DSD) no boxe feminino nas últimas Olimpíadas.  Em relação à Rússia, a nova presidente terá que decidir se o banimento da Rússia continua para o Jogos Olímpicos de Inverno de Milano Cortina, já no ano que vem. 

Outros candidatos

Sebastian Coe (Reino Unido)

Campeão olímpico no atletismo em Moscou 1980 e Los Angeles 1984 foi o principal rival do brasileiro medalhista de ouro Joaquim Cruz. O britânico era um dos mais experientes na disputa por seu trabalho político depois da carreira esportiva. Nas Olimpíadas de Londres 2012, Coe presidiu a organização do evento assim como da World Athletics, órgão gestor do atletismo mundial, e da Associação Olímpica Britânica.

Juan Antonio Samaranch Jr (Espanha)

Atual vice-presidente do COI e filho de um ex-presidente do Comitê, Juan Antonio Samaranch Jr. era um nome forte na disputa. O espanhol defende mudanças no movimento olímpico, em um cenário de desafios com o conflitos políticos ao redor do mundo. Seu pai foi presidente do COI por 21 anos, inclusive, durante as Olimpíadas de Barcelona de 1992. 

David Lappartient (França)

Atual Presidente da União Ciclística Internacional (UCI), Lappartient é membro do COI há três anos. O francês está envolvido em uma negociação, a pedido de Thomas Bach, com a Arábia Saudita sobre a implementação de uma Olimpíada de E-sports. À frente do Comitê Olímpico Francês, Lappartient é a favor da independência do Comitê de Ética do COI, hoje atrelado ao presidente da instituição.

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Morinari Watanabe (Japão)

O presidente da Federação Internacional de Ginástica era o mais por fora da corrida, mas com ideias ousadas em suas propostas. O japonês sugeriu que no Jogos Olímpicos de verão houvesse uma programação de 24 horas, em mais de um país. O intuito é democratizar a sede dos jogos entre mais países que não teriam condições de receber todo o evento esportivo e atingir níveis mais sustentáveis. 

Príncipe Feisal Al Hussein (Jordânia)

Outro candidato com histórico de família, é o príncipe Feisal. Sua irmã, Princesa Haya, foi membro do COI, e votou na eleição de Thomas Bach em 2013, e seu irmão, Príncipe Ali, foi vice-presidente da Fifa. Presidente do Comitê Olímpico da Jordânia há 22 anos, Feisal reitera a importância de valorizar os atletas e de descentralizar a administração do COI da Suíça, com escritórios em outros continentes. 

Johan Eliasch (Suécia)

Presidente da Federação Internacional de Esqui e Snowboard (FIS), Eliasch é um empresário que defende a busca por soluções sustentáveis. O sueco tinha entre suas propostas a adoção de ações climáticas por parte do Movimento Olímpico. De acordo com o Johan Eliasch, “apenas aquelas nascidas do sexo feminino podem competir entre as mulheres”.

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