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Catorze crianças morrem de amebíase em hospital sem recursos da Venezuela

Hospital Luis Razetti denunciou a falta de médicos e suprimentos para tratar os pacientes; regime de Maduro nega haver crise humanitária

Por Da Redação
Atualizado em 8 fev 2019, 19h05 - Publicado em 8 fev 2019, 18h33
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  • O hospital Luiz Razetti, na cidade costeira de Barcelona, na Venezuela, informou que um surto de amebíase matou 14 crianças na semana passada. A doença é um tipo de disenteria transmitida por um parasita que contamina água e alimentos.

    Dezenas de outros pacientes infectados pela doença não puderam receber o tratamento adequado por causa da falta de material e de médicos no hospital, segundo o porta-voz da instituição informou à Al Jazeera. “Há três anos, nós paramos de receber suprimentos de gaze e álcool. Não temos seringas ou soro o suficiente para hidratar as crianças”, relatou o funcionário Jose Planes.

    A equipe do hospital, que fica a 300 quilômetros de Caracas, deixou que os jornalistas da Al Jazeera acessassem suas instalações, pois “queriam que o mundo visse que eles não estão equipados para salvar a vida das crianças”.

    “Minha filha está com diarreia, ela quase teve um ataque cardíaco. E nós não temos nada. Chegamos aqui e não temos nada”, disse Lady Chacon, mãe de uma das crianças doentes.

    Marleea Marino perdeu um bebê de dois meses na semana passada, mas o corpo da criança permanece no hospital porque ela não tem o dinheiro para comprar um caixão. “Não tem nada aqui, eles não tem remédios, eles não tem comida. E agora, meu filho está morto.”

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    Apesar das reclamações do hospital, o líder venezuelano Nicolás Maduro negou que exista uma crise humanitária na Venezuela, anunciou um plano de reforma para o sistema de saúde do país e enviou a Cuba um lote de medicamentos e remédios.

    “A Venezuela vai produzir todos os remédios necessários para seu sistema de saúde e previdência social. Nós podemos ajudar a todos, como deve ser no socialismo”.

    Enquanto isso, milhares de venezuelanos continuam passando pela fronteira com a Colômbia para comprar mantimentos. Mais de 50.000 pessoas vão à cidade de Calcutá todos os dias, e mais de 5.000 delas não voltam para a Venezuela, à procura de refúgio nos países vizinhos, de acordo com autoridades da polícia de fronteira.

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    A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu um investimento internacional de US$738 milhões nas nações que fazem divisa com a Venezuela e que sofrem com o fluxo migratório intenso. Até o momento, apenas US$5 milhões foram arrecadados.

    Caminhões levando ajuda humanitária dos Estados Unidos chegaram nesta quinta-feira, 7, à fronteira da Colômbia com a Venezuela, mas não tiveram autorização para ingressar. A ponte internacional Tienditas, na divisa, está bloqueada. Escoltados pela polícia colombiana, cerca de dez veículos carregados com ajuda entraram no centro de distribuição preparado pelas autoridades.

    Maduro e o Tribunal Supremo de Justiça venezuelano dizem que é inconstitucional a iniciativa do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, autoproclamado presidente da Venezuela, de pedir ajuda internacional para a população.

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