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A bispos dos EUA, papa Francisco diz que política imigratória de Trump ‘terminará mal’ 

Pontífice também mandou recado indireto para vice-presidente JD Vance

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 fev 2025, 11h17 - Publicado em 11 fev 2025, 11h16

Em uma incomum carta aberta a bispos católicos dos Estados Unidos, o papa Francisco criticou nesta terça-feira, 11, as políticas imigratórias pregadas pelo presidente americano, Donald Trump, dizendo que criminalizar migrantes e tomar decisões baseadas na força “terminará mal”.

“O que é construído com base na força, e não na verdade sobre a igual dignidade de todo ser humano, começa mal e terminará mal”, disse o pontífice no texto, que parecia também uma resposta indireta à defesa às deportações feita pelo vice-presidente JD Vance — católico, ele defendeu a repressão imigratória citando um conceito teológico católico antigo conhecido como “ordo amoris”, ou “ordem do amor”, para sugerir que os católicos devem dar prioridade aos não imigrantes.

Em sua carta aberta, Francisco disse que “a verdadeira ‘ordo amoris’ que deve ser promovida (…) meditando sobre o amor que constrói uma fraternidade aberta a todos, sem exceção”.

+ Papa critica plano de Trump para deportação em massa: ‘Uma vergonha’

Além das palavras, o pontífice também nomeou nesta terça-feira Edward Weisenburger, um prelado católico conhecido pela defesa dos imigrantes, como novo arcebispo de Detroit. Em 2018, Weisenburger sugeriu que agentes da patrulha da fronteira que eram católicos e participaram da política de separação familiar do primeiro governo Trump poderiam ter a comunhão negada.

Recentemente, o papa também nomeou como novo arcebispo de Washington D.C. um cardeal, Robert McElroy, que criticou a agenda política de Trump

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Antes mesmo de Donald Trump tomar posse e voltar à Presidência, Francisco criticou o plano de deportação do republicano, dizendo que expulsar imigrantes do país, como ele prometeu, seria “uma vergonha”. O republicano voltou ao cargo quase uma década depois de sua primeira passagem pela Casa Branca – quando o pontífice, naquela ocasião, o chamou de “não cristão” por querer construir um muro ao longo da fronteira entre os Estados Unidos e o México.

Francisco, que cresceu na Argentina em uma família de imigrantes italianos, há muito tempo prioriza a questão migratória e pede que governos mundo afora acolham, protejam e integrem estrangeiros, da melhor forma possível. Ele defende que a dignidade e os direitos dos imigrantes têm prioridade sobre quaisquer preocupações de segurança nacional.

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