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A crise diplomática que abala a BBC após transmissão de show com gritos contra Israel

Emissora lamenta não ter cortado o programa, dizendo que foi 'completamente inaceitável'; governo britânico e embaixada israelense cobram explicações

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 jun 2025, 12h39

A emissora pública britânica BBC pediu desculpas nesta segunda-feira, 30, por não ter cortado a transmissão ao vivo de um show no festival de Glastonbury, que viu declarações consideradas anti-Israel feitas pela banda Bob Vylan.

O episódio ocorreu no sábado 28, durante a apresentação do grupo de punk-rap, quando os integrantes incentivaram o público a entoar gritos de “morte às Forças de Defesa de Israel”, como é chamado o Exército do país, além de “Palestina livre”, no contexto do conflito em Gaza.

“Com o benefício da retrospectiva, deveríamos ter interrompido a transmissão durante a apresentação. Lamentamos que isso não tenha ocorrido”, afirmou a BBC em comunicado.

A corporação e seu diretor-geral, Tim Davie, está sob forte pressão do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e do órgão regulador britânico, a Ofcom, após o ocorrido. Inicialmente, a emissora reconheceu que alguns dos cânticos durante o show da banda Bob Vylan eram “profundamente ofensivos” e afirmou que, no momento da transmissão, um alerta de “linguagem muito forte e discriminatória” foi emitido na tela.
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Mas foi além nesta segunda, afirmando que não deveria ter permitido a transmissão dos gritos contra Israel e que vai atualizar suas diretrizes sobre eventos ao vivo.

“A BBC respeita a liberdade de expressão, mas se posiciona firmemente contra a incitação à violência. Os sentimentos antissemitas expressos por Bob Vylan foram totalmente inaceitáveis ​​e não têm lugar em nossas ondas. Saudamos a condenação do Glastonbury à apresentação”, disse a emissora.

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Em publicação no Instagram no domingo, Bobby Vylan, o vocalista principal da banda, disse que seu telefone estava “vibrando sem parar, inundado de mensagens de apoio e ódio”. Ele disse: “Ensinar nossos filhos a se manifestarem pela mudança que desejam e precisam é a única maneira de tornarmos este mundo um lugar melhor.”

A apresentação não passou na TV, mas pôde ser assistida ao vivo no sábado por meio de uma transmissão no iPlayer.

Condenação e pedidos de explicação

A Ofcom afirmou que a BBC “claramente tem perguntas a responder” após o episódio. “Temos conversado com a BBC durante o fim de semana e estamos obtendo mais informações com urgência, incluindo os procedimentos em vigor para garantir a conformidade com suas próprias diretrizes editoriais”, afirmou.

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Os organizadores do festival já haviam condenado os cânticos iniciados por Bob Vylan, afirmando estarem “consternados com as declarações” feitas no palco. “Seus cânticos ultrapassaram em muito os limites e estamos lembrando urgentemente a todos os envolvidos na produção do festival que não há lugar no Glastonbury para antissemitismo, discurso de ódio ou incitação à violência”, disseram eles no domingo.

Starmer condenou a apresentação no fim de semana, descrevendo-a como “um discurso de ódio terrível”. A secretária de Cultura, Lisa Nandy, conversou com Davie, o diretor da emissora, em busca de uma explicação. Chris Philp, o secretário sombra do Interior, foi muito além, pedindo que a polícia “investigue e processe urgentemente a BBC”.

A embaixada de Israel no Reino Unido criticou duramente o episódio, classificando a performance como uma “glorificação da violência”.

“Cantos como ‘morte ao exército israelense’ e ‘do rio ao mar’ são slogans que defendem o desmantelamento do Estado de Israel e pedem implicitamente a eliminação da autodeterminação judaica. Quando essas mensagens são recebidas com aplausos por milhares de espectadores, isso levanta questões sérias em relação à normalização da linguagem extremista e à glorificação da violência”.

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