A curiosa homenagem do Vaticano a Ennio Morricone com referência ao papa Francisco
Apresentação celebra o compositor com obra criada para os 200 anos da restauração da Ordem dos Jesuítas, à qual pertence o pontífice

No domingo, 30 de março, às 16h, a cidade do Vaticano será palco de uma homenagem especial ao compositor Ennio Morricone (1928-2020), com a apresentação da Missa Papae Francisci, obra composta para celebrar os 200 anos da restauração da Ordem dos Jesuítas, à qual pertence o papa Francisco. A peça, que traz um diálogo entre o sagrado e o profano, combinando a tradição musical italiana com a visão inovadora do maestro, será interpretada pela Orquestra Roma Sinfonietta, acompanhada pelo Novo Coro Lírico Sinfônico Romano e pelo Coro Claudio Casini da Universidade Tor Vergata, de Roma.
Ennio Morricone (1928-2020) foi um dos compositores mais influentes da música cinematográfica, conhecido por suas trilhas memoráveis como O Bom, o Mau e o Feio (1966), Era uma Vez no Oeste (1968) e Cinema Paradiso (1988). Sua habilidade de mesclar estilos musicais e criar atmosferas únicas fez dele uma lenda, ganhando prêmios como o Oscar de Melhor Trilha Sonora, em 2016, com Os Oito Odiados, de Quentin Tarantino. O romano também deixou um legado significativo na música sacra. Apesar de seu repertório religioso ser menos extenso, ele explorou o sagrado com profundidade espiritual e força expressiva.
Além da Missa Papae Francisci, o público poderá apreciar outras composições sacras de Morricone, incluindo Via Crucis, Ave Maria Coelorum e Cantata Narrazione. Outra atração será Ave Maria Guarani, parte da trilha sonora do filme A Missão (1986), de Roland Joffé. A composição, que se tornou um dos símbolos da música do artista, sintetiza a sacralidade da música religiosa com a intensidade do cinema.
O concerto será gratuito, aberto ao público e ocorrerá na Igreja Basílica de Santo Ambrósio e São Carlos, na via del Corso, organizada pelo Dicastério para a Evangelização.
