Desde que foram anunciados há três semanas a diminuição nas tarifas oficiais de internet e um teste de conexão em residências de Havana, os cubanos estão entusiasmados com o acesso à rede, embora muitos ainda não saibam se poderão manter o novo serviço após o término do período experimental.
A possibilidade de se conectar de casa até então era reservada a um número restrito de pessoas. No dia 20 de dezembro, no entanto, a empresa estatal de comunicações Etecsa anunciou a diminuição da tarifa de dois pesos conversíveis cubanos (CUC, equivalentes a dólares) para 1,50 a pontos públicos de conexão Wi-Fi e salas de navegação, junto ao início do teste, chamado “Nauta Hogar”, para dois mil usuários domésticos de Havana Velha.
Os diretores da Etecsa especificaram que seria utilizada banda larga com tecnologia ADSL por uma determinada quantidade de horas, associadas à velocidade da conexão, e que os beneficiados teriam, ao término do teste, a possibilidade de contratar o serviço. “O problema é que a internet foi dada a poucas pessoas e que não estão interessadas, que não sabem nem ligar um computador ou que não poderão manter a conexão”, disse à Agência EFE um usuário que optou pelo anonimato.
Cuba é um dos países com menor taxa de penetração de internet do mundo e, para tentar atenuar esta situação, a Etecsa abriu desde julho de 2015 pontos públicos de conexão Wi-Fi, que atualmente somam mais de 200 em todo o país, com 250 mil usuários diários. O governo cubano citou razões econômicas e a vigência do embargo dos Estados Unidos como justificativa para o atraso do país em acessar novas tecnologias da comunicação.
Mas, para os críticos e opositores ao modelo socialista do país, esse argumento é falacioso, por considerarem que as autoridades mantiveram restrito o acesso à internet por razões políticas e para limitar o livre acesso à informação.
(com agência EFE)