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Acusado de matar filha de ex-presidente paraguaio é extraditado do Brasil

Óscar Luis Benítez estava preso desde 2017 junto de Lorenzo González, que também é acusado de ter participado do assassinato de Cecília Cubas em 2005

Por Da Redação
Atualizado em 27 set 2019, 16h51 - Publicado em 27 set 2019, 16h34

Óscar Luis Benítez, um dos acusados pelo sequestro e assassinato de Cecilia Cubas, filha do ex-presidente do Paraguai Raúl Cubas, ocorrido em 2005, será levado à justiça do país nesta sexta-feira, 27, sob acusações de homicídio doloso, associação criminosa e sequestro. Ele foi extraditado pelo Brasil na quinta-feira 26. Outro suspeito do crime continua preso, aguardando a extradição.

Ao chegar em Assunção, capital do país, Benítez teve sua prisão preventiva decretada. Segundo o jornal paraguaio ABC Color, o magistrado justificou que o acusado, que estava foragido desde 2005, representava “risco alto de rebelião e de fuga”.

Benítez e Lorenzo González, o outro suspeito de ter participado do crime, foram presos em Itaquaquecetuba, região metropolitana da cidade de São Paulo, no dia 24 de novembro de 2017, após terem a solicitação de asilo negada pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare). A extradição já tinha sido aprovada em 2016 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A ação que levou à morte de Cecilia Cubas teria sido organizada pela Exército Popular Paraguaio (EPP), guerrilha criada em 2008 e ainda ativa no Paraguai. Benítez e González são apontados como dirigentes da organização.

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Enquanto González aguarda no Brasil sua extradição, Benítez irá se apresentar a um tribunal nesta sexta-feira e poderá receber uma pena de até 35 anos de cadeia.

Segundo a investigação, Benítez teria ficado encarregado de alugar uma casa em San Lorenzo, cidade próxima de Assunção, com o objetivo de monitorar Cecilia Cubas antes do sequestro. Da mesma forma, foi ele quem alugou outras casas em Lambaré, Fernando de la Mora e Luque, para que os outros membros do grupo se refugiassem.

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Cecila Cubas tinha 31 anos quando foi sequestrada em 21 de setembro de 2004, perto da casa em que vivia, na cidade de San Lorenzo. A filha do ex-presidente foi abordada por um grupo armado, que atirou contra seu carro.

Apesar de a família ter pago 300 mil dólares como resgate, o corpo da filha do ex-presidente foi encontrado cinco meses depois, em 2005, numa cova aberta em Ñemby, região metropolitana da capital paraguaia.

(Com EFE)

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