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Adotando o euro, Croácia dá os últimos passos para entrar na UE

País também passa a fazer parte do Espaço Schengen, zona de livre circulação do bloco; medida promete proteger economia em meio à alta inflação

Por Da Redação
2 jan 2023, 14h12
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  • Um sinal de conversão do euro em uma agência do Nova Hrvatska Banka, uma unidade do Hrvatska Postanska Banka d.d. (HPB), em Zagreb, Croácia, na segunda-feira, 2 de janeiro de 2023. A Croácia se juntou à zona do euro e à área de isenção de visto da União Europeia em 1º de janeiro, completando sua jornada dos Bálcãs devastados pela guerra para o mainstream europeu
    Croácia está prestes a completar sua jornada dos Balcãs devastados pela guerra para o mainstream europeu. 02/12/2023 - (Bloomberg/Getty Images)

    O governo da Croácia anunciou nesta segunda-feira, 2, que adotou o euro como sua moeda oficial e entrou no Espaço Schengen, dois passos significativos para a entrada definitiva do país na União Europeia, na qual faz parte desde 2013. 

    De acordo com o primeiro-ministro croata, Andrej Plenković, as mudanças representam um momento histórico e prometeu que a adesão à moeda do bloco irá proteger a população de eventuais crises financeiras e que a adesão ao Espaço Schengen tornará as viagens mais fáceis, além de impulsionar o turismo. 

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    Desse modo, a Croácia se torna o 20º país a entrar na zona do euro em um momento de alta da inflação em toda a Europa devido à guerra na Ucrânia. 

    “É a estação de novos começos. E não há lugar na Europa onde isso seja mais verdadeiro do que aqui na Croácia”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao chegar no país para oficializar a medida.

    Políticos croatas afirmam que a adesão ao euro e a remoção das fronteiras com as vizinhas Eslovênia e Hungria foram passos simbólicos que marcaram o ponto final da jornada pós-independência do país. 

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    “Abrimos nossas portas para o continente. Isto vai além da eliminação dos controlos fronteiriços, é a afirmação final da nossa identidade europeia”, disse o ministro do Interior, Davor Bozinović. 

    A Croácia declarou independência da Iugoslávia em 1991 e travou uma guerra para conquistar a autonomia, na qual 20 mil pessoas morreram e centenas de milhares tornaram-se refugiadas. 

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    Apesar de alguns adotarem um ar de pessimismo após a adesão ao euro, o clima era de comemoração para a maioria. Um dos jornais mais famosos do país, Večernji, disse que a novidade é “fantástica” e citou que alguns croatas já puderam viajar no Ano Novo utilizando-se da medida. 

    Especialistas dizem que a adesão à moeda da União Europeia ajudará a proteger a economia da Croácia em um momento em que a inflação está disparando em todo o mundo. As novas moedas de euro do país irão apresentar modelos que homenageiam sua história e cultura, como o mapa da Croácia e o inventor Nikola Tesla.

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    O euro já era amplamente utilizado em todo o território croata, representando cerca de 80% dos depósitos bancários, além de lojas e restaurantes em áreas turísticas que aceitavam pagamentos na moeda europeia anteriormente à medida. 

    Analistas apontam ainda que a mudança deve facilitar as condições de empréstimo para o governo nacional, o que pode aliviar a taxa de inflação que chegou a 13,5% em novembro, superior aos 10% da zona do euro. 

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    A indústria do turismo responde por 20% do PIB da Croácia, e a adoção do euro, bem como o fim dos controles de fronteira terrestre com a Eslovênia e a Hungria, devem impulsionar os turistas que se dirigem à popular costa adriática do país este ano. 

    A decisão levantou críticas às autoridades europeias, que foram acusadas de fechar os olhos e até mesmo encorajar políticas anti-imigração praticadas na Croácia. Em relatório divulgado em dezembro, a Human Rights Watch repreendeu a forma como o país lida com imigrantes que chegam pela fronteira com a Bósnia. 

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