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Agência da ONU para palestinos perde financiamento em meio a investigação

UNRWA ficou sem doações de 16 países por suposto envolvimento de doze funcionários no ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h01 - Publicado em 30 jan 2024, 15h34
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  • Refugiados palestinos protestam contra o fim do financiamento à Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA), em Beirute, no Líbano. 30/01/2024
    Refugiados palestinos protestam contra o fim do financiamento à Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA), em Beirute, no Líbano. 30/01/2024 (Marwan Naamani/picture alliance/Getty Images)

    Um escândalo envolvendo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA) a fez perder, até esta terça-feira, 30, doações de 16 países, comprometendo seu financiamento em meio à crise humanitária na Faixa de Gaza. O orçamento do escritório foi comprometido devido ao suposto envolvimento de doze funcionários – dentre os quais nove foram demitidos, dois estão sendo investigados e um morreu – no ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel, em 7 de outubro. 

    Embora Japão e Áustria tenham cortado o financiamento, nações como Espanha, Irlanda e Noruega optaram por não interromper o fluxo de dinheiro à agência palestina. A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, anunciou que aguardará o resultado da investigação das Nações Unidas para, então, instaurar sua própria auditoria. O bloco ocupa o terceiro lugar no posto dos principais doadores da UNRWA.

    Em meio ao grave corte, a diretora de Comunicação da UNRWA, Juliette Touma, estimou que os recursos só conseguirão manter o funcionamento da organização até o final de fevereiro. Eles serão destinados à educação, com 59% do orçamento, à gestão de clínicas de saúde e à ajuda para comprar alimentos e roupas aos 5,9 milhões de refugiados palestinos.

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    Investigação

    Na segunda-feira 29, o jornal americano The New York Times publicou informações de um dossiê entregue por Israel às Nações Unidas, onde estavam detalhadas as funções dos doze funcionários da UNRWA na agressão em outubro, que deu início à guerra contra o Hamas. A agência lida apenas com refugiados palestinos, não do Oriente Médio como um todo, estando na mira do governo de Benjamin Netanyahu.

    Entre os crimes supostamente cometidos estão o rapto de uma mulher, a participação de um massacre em um kibutz, o fornecimento de munição aos militantes e prisão de reféns – um israelense, libertado em novembro, disse ter sido sequestrado na casa de um professor da agência.

    O relatório, feito pelo do Ministério das Relações Exteriores israelense, faz parte de um plano de três fases encabeçado por Tel Aviv para desmantelar a agência. A segunda etapa planeja retirar os poderes da UNRWA para, em seguida, entregá-la para a futura autoridade de Gaza, ainda não definida. Há anos, Israel acusa o escritório palestino de incentivar o conflito no Oriente Médio, de estreitar laços com o Hamas e de realizar uma campanha de ódio contra os judeus nas suas escolas.

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    Panorama da UNRWA

    Não é de hoje que a UNRWA enfrenta percalços financeiros. Importantíssimos 94% do seu orçamento anual são provenientes de investimentos voluntários de países, sem que haja obrigatoriedade de cumprir com as remessas. Juntos, Estados Unidos e Alemanha representam 46% do montante geral, tendo cada um destinado à agência US$ 343,9 milhões e US$ 202 milhões, respectivamente, apenas no ano passado.

    O boicote americano, como consequência, foi um baque – repeteco de 2018, quando o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancelou as contribuições, mas quando a crise em Gaza não era tão aguda quanto hoje. Nas últimas 96 horas, a UNRWA perdeu 20 contribuintes, incluindo Canadá, Países Baixos, Reino Unido, Itália e Austrália.

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