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Agência dos EUA alerta contra uso de cloroquina em tratamento da Covid-19

Órgão regulador de alimentos e drogas afirma que medicamentos podem causar anormalidades perigosas no ritmo cardíaco de pacientes

Por Da Redação
Atualizado em 24 abr 2020, 13h43 - Publicado em 24 abr 2020, 13h17
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  • A agência reguladora de alimentos e drogas dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) emitiu nesta sexta-feira, 24, um alerta contra o uso de cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento do novo coronavírus. Segundo o órgão, os medicamentos podem causar anormalidades perigosas no ritmo cardíaco de pacientes com Covid-19 e devem ser usados ​​apenas em testes clínicos ou em hospitais nos quais os doentes possam ser monitorados de perto.

    A FDA emitiu no final de março uma autorização de uso emergencial de sulfato de hidroxicloroquina e fosfato de cloroquina em alguns pacientes hospitalizados com o vírus. A agência permitiu a distribuição desses medicamentos para prescrição para adultos e adolescentes “conforme seja apropriado, enquanto um experimento clínico não estiver disponível ou não for viável”.

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    Porém, após diversos registros de casos de pacientes que apresentaram alterações no ritmo cardíaco, o órgão decidiu publicar um alerta contra o uso indevido dos medicamentos. Em uma nota, a FDA também afirmou observou que muitas pessoas estavam recebendo prescrições ambulatoriais para as drogas, na esperança de prevenir a infecção ou tratá-la – e desaconselhou o comportamento.

    Não há provas de que a cloroquina ou a hidroxicloroquina possam ajudar pacientes com a Covid-19. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu em diversas ocasiões o uso dos medicamentos com base em um pequeno projeto de pesquisa na França, que sugeria alguns resultados positivos quando a droga era combinada com a azitromicina, um antibiótico. Porém, a FDA aponta que a maior parte dos casos de alteração cardíaca em pacientes de coronavírus tratados com as drogas se deu após a combinação com a azitromicina.

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    Os conflitos entre Trump e as autoridades de saúde têm sido constantes. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos desde 1984 e médico conselheiro da Casa Branca, chegou a ficar na corda bamba por constantemente discordar do presidente, especialmente em relação ao uso da hidroxicloroquina. O médico de 79 anos resistiu à pressão e se manteve no cargo.

    Nesta quinta-feira 23, o presidente também sugeriu o tratamento de pacientes com Covid-19 com “injeções de desinfetante” e uso de luzes ou raios ultravioletas, sem apresentar nenhuma prova médica de sua eficácia. Trump foi imediatamente criticada por médicos e cientistas, que classificaram suas declarações como “irresponsáveis e perigosas”.

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    A situação se assemelha à ocorrida no Brasil, onde os debates sobre a eficácia da cloroquina e normas de isolamento social contribuíram para o desgaste na relação e consequente demissão do ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta por parte do presidente Jair Bolsonaro. O líder brasileiro também tem defendido o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina  no tratamento da Covid-19.

    Nesta quinta, o Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou o uso de cloroquina e hidroxicloroquina em pacientes que apresentam quadros leves e diagnosticados de Covid-19. Até então, a orientação do Ministério da Saúde previa a prescrição do medicamento apenas em pacientes graves.

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