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Ajuda humanitária não consegue chegar a Guta Oriental, na Síria

Comboio da ONU e da Cruz Vermelha, que deveria retornar com os suprimentos que faltaram na ajuda enviada segunda, não pôde entrar por causa dos combates

Por EFE
Atualizado em 8 mar 2018, 12h47 - Publicado em 8 mar 2018, 12h47
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  • O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e a ONU confirmaram nesta quinta-feira que o comboio humanitário que deveria retornar hoje a Guta Oriental, reduto rebelde na periferia de Damasco, capital da Síria, não poderá entrar por causa do aumento da violência.

    “Hoje a ONU e as organizações com as quais colabora não conseguiram retornar a Duma, em Guta Oriental, porque o movimento do comboio não foi autorizado por razões de segurança”, disse o porta-voz em Genebra do Departamento de Assuntos Humanitários da ONU, Jens Laerke.

    “A situação no terreno está mudando muito rápido e calculamos que não existem as condições para realizar esta operação”, indicou a porta-voz do CICV, Iolanda Jaquemet.

    A ajuda que deveria ser distribuída consiste principalmente em alimentos que não puderam ser entregues na segunda-feira passada, quando entrou o primeiro comboio humanitário desde o início de uma grande ofensiva governamental, apoiada pela Rússia, contra a área sob controle de grupos rebeldes.

    Desse primeiro comboio, dez caminhões ficaram completamente cheios e quatro foram parcialmente descarregados, o que representava a metade da comida que estava destinada para 27.500 pessoas.

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    Da carga da segunda-feira passada, as forças sírias descarregaram 70% do material médico, segundo denunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

    “A ONU segue recebendo relatos sobre o aumento dos combates em Guta Oriental e disparos de foguetes contra Damasco, que põem em perigo os civis e impedem que a assistência humanitária chegue a centenas de milhares de pessoas que a necessitam, inclusive milhares de crianças”, explicou Laerke.

    Guta Oriental, onde há cerca de 390 mil pessoas, é alvo de ataques de artilharia e bombardeios aéreos desde 18 de fevereiro e esteve sob ofensiva de forças governamentais desde 2013. Isto faz com que a população se encontre em estado muito vulnerável e sofra elevadas taxas de desnutrição.

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    Desde que a ofensiva foi iniciada, a ajuda humanitária foi esporádica e obstaculizada pelas autoridades sírias.

    A ONU sustentou que se mantém preparada para fornecer assistência a Duma, assim como a outras localidades de Guta Oriental e a zonas povoadas sitiadas ou de difícil acesso pelo conflito, enquanto as condições permitirem.

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