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Contra Rússia, Ucrânia trava guerra com Comitê Olímpico Internacional

Autoridades ucranianas condenaram veementemente declarações do comitê de que russos poderiam competir pela Ásia, e não pela Europa

Por Da Redação
Atualizado em 31 jan 2023, 17h44 - Publicado em 31 jan 2023, 17h44
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  • Após o anúncio do Comitê Olímpico Internacional (COI) de que a Rússia teria a oportunidade de se classificar para as Olimpíadas de Paris, em 2024, diversas autoridades ucranianas criticaram a decisão do órgão, que rejeitou todas as acusações nesta segunda-feira, 31.

    “O COI rejeita nos termos mais fortes possíveis esta e outras declarações difamatórias”, disse o comitê. “Eles não podem servir de base para qualquer discussão construtiva.”

    Entre os membros do governo que criticaram a decisão estava o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, que descreveu o COI neste fim de semana como promotor da “violência, assassinatos em massa e destruição”. Nesta segunda-feira, as declarações continuaram, e Podolyak afirmou que a presença russa nas Jogos Olímpicos daria ao país “uma plataforma de promover o genocídio”. 

    Desde a semana passada, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, iniciou a tentativa de começar uma campanha internacional para pedir que os atletas russos competissem em 2024, quando o COI afirmou que iria acolher a proposta do Conselho Olímpico da Ásia de permitir que os jogadores da Rússia tivessem a chance de competir pelo continente, e não pela Europa. 

    + Zelensky promete campanha para impedir Rússia de competir nas Olimpíadas

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    A deliberação também incluiria eventos de classificação olímpica, já que atletas russos e bielorrussos não têm permissão de competir na Europa por conta de restrições e proibições. De acordo com o COI, cada federação esportiva era considerada uma “autoridade única para suas competições internacionais”. 

    Nesta segunda-feira, o presidente ucraniano pediu apoio ao primeiro-ministro da Dinamarca para embarcar junto na campanha. Zelensky também prometeu “proteger as estruturas esportivas e o movimento olímpico internacional de serem desacreditados pelos esforços de alguns representantes da burocracia esportiva para permitir que atletas russos participem de competições internacionais”.

    Caso a proposta ucraniana fosse acatada, esta não seria a primeira exclusão da Rússia de eventos esportivos de alto nível desde a invasão à Ucrânia, em fevereiro do ano passado. Em alguns esportes, no entanto, russos podem competir sob uma bandeira neutra. A Fifa, por exemplo, anunciou quatro dias depois do início da guerra que todas as equipes russas seriam suspensas das competições até segunda ordem.

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    “O Exército que comete atrocidades, mata, estupra e saqueia. É esse que o ignorante COI quer colocar sob bandeira branca, permitindo competir”, escreveu o  ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, em seu Twitter. Em seguida, a Rússia negou as acusações de que suas forças cometeram atrocidades na Ucrânia.

    Segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, qualquer tentativa de tirar Moscou do esporte internacional está “fadada ao fracasso”, 

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