Em preparativos para os 30 anos da queda do Muro de Berlim, a prefeitura da cidade de Berlim, na Alemanha, proibiu nesta segunda-feira, 4, que artistas locais se fantasiem de soldados americanos nos arredores do Checkpoint Charlie, único ponto da fronteira em que era permitida a passagem de civis entre a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental durante a guerra fria, porque, segundo as autoridades, os fantasiados estariam forçando os turistas a pagar por fotos no local.
O grupo de artistas Fábrica da Dança motivou a proibição, segundo o jornal alemão Bild, que estaria forçando os turistas a pagarem um taxa após uma foto sem antes avisar da existência da cobrança. Os artistas, entretanto, se defendem dizendo que apenas recebem contribuições voluntárias.
Mas segundo a polícia, que investigou os abusos cometidos por esses grupos se fantasiando de turistas, os atores estariam cobrando uma taxa de 16 reais e caso lhe fossem negado o pagamento, a pessoa era agredida verbalmente.
A lei alemã concede uma licença que permite a grupos de artistas cobrarem por uma foto. No caso, a Fábrica de Dança não possuía essas credenciais.
Há 20 anos, artistas locais se vestem de soldados americanos e soviéticos pelas proximidades do checkpoint e do Muro de Berlim para turistas interagirem e tirarem fotos com eles em troca de dinheiro.
A queda do Muro de Berlim completará 30 anos neste sábado, 9. O fim da divisão entre Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental, administrada por americanos e soviéticos durante a Guerra Fria, foi um marco precursor da dissolução dois anos depois da União Soviética.