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Alemanha entra em recessão com queda de 0,3% do PIB

Dados atualizados mostram que economia alemã encolheu por dois trimestres consecutivos, sofrendo com alta da inflação

Por Da Redação
25 Maio 2023, 08h58

A Alemanha entrou em recessão, revelaram dados atualizados nesta quinta-feira, 25. Os novos números mostram que constantes altas de preços afetaram mais a economia do país do que o inicialmente estimado.

Dados atualizados divulgados pelo escritório federal de estatísticas da Alemanha nesta quinta-feira mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 0,3% no primeiro trimestre de 2023, em comparação com os três meses anteriores – que também registraram uma contração.

Ou seja, os números revisados confirmam que a economia alemã encolheu por dois trimestres consecutivos – a definição técnica de recessão –, após uma queda de 0,5% no PIB nos três meses até dezembro do ano passado. Estimativas iniciais divulgadas em abril sugeriam que a Alemanha havia evitado por pouco uma recessão, estagnando com crescimento de 0%.

O escritório de estatísticas alemão disse que, embora o investimento do setor privado e na área de construção e infraestrutura tenham crescido no início do ano, isso foi compensado em parte por uma queda nos gastos do consumidor. A inflação forçou grande parte da população a economizar.

“A persistência de altos aumentos de preços continuou sendo um fardo para a economia alemã no início do ano”, disse o escritório de estatísticas.

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No geral, os gastos das famílias alemãs caíram 1,2% no primeiro trimestre. Consumidores estão menos dispostos a gastar com comida, roupas e móveis. Os gastos do governo também caíram 4,9% em comparação com o trimestre anterior.

A queda geral no PIB, contudo, indica que a Alemanha está em uma recessão técnica, mas não em uma recessão severa. Ainda assim, o crescimento caiu quase 1% em relação a junho passado, mesmo com fatores positivos como um inverno mais ameno e a recuperação da atividade industrial – auxiliada pelo fim das restrições contra a Covid-19 na China e regularização da cadeia de suprimentos.

Nos próximos meses, a situação não deve melhorar. A queda no poder de compra, pedidos mais fracos do setor industrial, aumento das taxas de juros, bem como uma desaceleração do crescimento econômico estrangeiro em países como os Estados Unidos indicam uma atividade econômica mais fraca para a Alemanha.

Além disso, a guerra na Ucrânia e a pressão contínua no setor energético ainda deve pesar na economia alemã.

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