A polícia da Alemanha prendeu nesta segunda-feira (1º) seis homens suspeitos de formar uma organização militante de extrema-direita que atacou estrangeiros na cidade de Chemnitz, no leste do país. O grupo planejava atentados contra políticos e servidores públicos, informou a Procuradoria Federal.
Cerca de 100 policiais, apoiados por unidades do comando especial, detiveram os seis suspeitos, com idades entre 20 e 30 anos, graças a mandados expedidos pelo Tribunal Federal de Justiça no dia 28 de setembro, disse um procurador.
Eles são acusados de formar a “Revolução Chemnitz”, organização batizada com o nome da cidade onde o assassinato de um alemão em agosto passado desencadeou os piores episódios de violência da extrema-direita em décadas na Alemanha. A morte havia sido atribuída a imigrantes.
“Com base na informação que temos até agora, os suspeitos pertencem ao movimento hooligan, skinhead e neonazista da área de Chemnitz e se consideravam figuras de destaque do movimento de extrema-direita da Saxônia”, disseram procuradores.
O grupo planejava atacar políticos e servidores públicos. Os homens foram presos no Estado da Saxônia, que inclui Chemnitz, e na Baviera, região do sul da Alemanha.
Segundo os procuradores, cinco dos seis homens presos nesta segunda-feira atacaram e feriram imigrantes que moram na cidade, em 14 de setembro, usando garrafas de vidro, luvas de metal e armas de eletrochoque.
Em agosto, centenas de manifestantes da extrema-direita se reuniram no centro de Chemnitz e marcharam pelas ruas da cidade para “caçar imigrantes”. Estrangeiros também foram agredidos e assediados durante a passagem dos xenófobos.
Os manifestantes também entraram em confronto com grupos que protestavam contra a xenofobia. Entre gritos hostis de ambos os lados, algumas pessoas lançaram garrafas e objetos pirotécnicos contra o grupo contrário.
Pouco depois, um restaurante judeu da cidade foi alvo de um ataque de caráter aparentemente antissemita.
(Com Reuters)