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Aliada da Rússia, China diz que ‘janela de oportunidade’ para paz na Ucrânia está se abrindo 

Chanceler chinês discursou durante cúpula do G20 em Joanesburgo, onde também se encontrou com homólogo russo

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 fev 2025, 15h58

Apesar da troca de farpas entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky, depois de Washington excluir Kiev de conversas com Moscou sobre o conflito, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse durante um encontro de chanceleres do G20, na quinta-feira, 20, que “uma janela para paz está se abrindo”.

A China “apoia todos os esforços dedicados à paz, incluindo o recente consenso alcançado entre os EUA e a Rússia”, disse Wang aos presentes na reunião em Joanesburgo.

Após a reunião na África do Sul, que não teve presença do secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, o chanceler chinês se encontrou com seu homólogo russo, Sergei Lavrov.

+ Até ex-ministro russo está ‘totalmente surpreso’ com concessões feitas por Trump a Putin

Em comunicado, a Rússia afirmou que ambas as partes debateram a guerra e as relações com os EUA. Sobre a Ucrânia, ambos os países indicaram que é necessário abordar as “causas profundas” do conflito – uma referência velada ao desejo de Kiev de entrar na Otan, a principal aliança militar ocidental, e algo visto como impensável pela Rússia.

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No início desta semana, Lavrov elogiou o presidente Donald Trump por ser o que ele descreveu como “o primeiro líder ocidental” a reconhecer publicamente que a “causa do conflito ucraniano foram os esforços… para expandir a Otan”. A Rússia alega que a expansão da aliança de defesa liderada por Washington colocou sua segurança sob ameaça, necessitando de sua invasão não provocada da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Mudança de rumos dos EUA

Embora os EUA sejam o principal mediador da guerra na Ucrânia, o retorno de Trump à Casa Branca mudou as regras do jogo.

Nos últimos dias, Trump começou a repetir pontos até então ecoados apenas por Moscou. O presidente dos Estados Unidos chamou seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, de “ditador sem eleições” (seu mandato expirou em maio passado, mas não houve novo pleito devido ao estado de guerra), dizendo que era melhor ele “agir rápido ou não terá mais um país. Ele também sugeriu que Kiev teria sido responsável pelo conflito.

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Enquanto isso, Zelensky acusou o americano de viver em “uma bolha de desinformação” e acreditar nas “mentiras” da Rússia, sustentando que jamais aceitará um acordo de paz que não o inclua nas negociações. O ucraniano acusou ainda os Estados Unidos de tirarem a Rússia do isolamento global em que caiu após invadir a Ucrânia. Ele já havia protestado por ter sido deixado de fora das conversas, ao que Trump respondeu culpando-o por dar continuidade ao conflito ao falhar em firmar um acordo com Vladimir Putin.

Depois de um telefonema de noventa minutos entre os líderes americano e russo na semana passada, Pete Hegseth, secretário da Defesa dos Estados Unidos, proclamou que seria “irrealista” restaurar a integridade territorial ucraniana no âmbito de um armistício e descartou a entrada do país na Otan, jogando a responsabilidade de dar garantias de segurança a Kiev para a Europa. Essencialmente, as negociações começaram nos termos de Putin.

Até mesmo pessoas ligadas ao Kremlin parecem surpresas com a velocidade e intensidade dos acenos de Trump a Vladimir Putin, antes mesmo do início de negociações para encerrar a guerra. A avaliação foi feita por Vladimir Milov, ex-vice-ministro de Energia da Rússia, em entrevista à emissora americana CNN, publicada nesta sexta-feira, 21.

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As exigências de Moscou parecem estar se acelerando nos últimos dias, observou Milov, dizendo que “Moscou está claramente encorajada pela falta de disposição de Trump em impor quaisquer condições à Rússia”.

Em meio às tensões, líderes europeus estão cada vez mais temerosos de que Trump esteja dando concessões demais à Rússia em sua busca pelo acordo com a Ucrânia, que ele prometeu selar antes mesmo de assumir o cargo. Mas o republicano insiste em que seu único objetivo é a “paz”, para acabar com o maior conflito bélico na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

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