Um aliado político do presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta terça-feira, 25, que o mundo provavelmente está à beira de uma nova guerra mundial, citando ainda o aumento dos riscos de um confronto nuclear.
“O mundo está doente e muito provavelmente à beira de uma nova guerra mundial”, disse Dmitri Medvedev, ex-primeiro-ministro da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança de Putin, em uma conferência em Moscou.
Medvedev acrescentou que uma nova guerra mundial não é inevitável, mas os riscos de um confronto nuclear estão crescendo e são mais sérios do que as preocupações com a crise climática e o aquecimento do planeta.
O aliado de Putin já foi considerado como um político de tendência ocidental, mas se reinventou desde que a Rússia invadiu a Ucrânia no ano passado, quando passou a se aliar aos ideais do presidente. Quase todos os dias, faz uma declaração diária sobre a guerra ou os supostos inimigos da Rússia, inclinado a comentários explosivos.
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De acordo com Putin, o mundo enfrenta a década mais perigosa desde a Segunda Guerra Mundial. O líder russo descreve o conflito na Ucrânia como uma batalha existencial contra o Ocidente, que ele chama de “agressivo e arrogante”, destacando que Moscou está pronta para usar todos os meios disponíveis para se proteger de qualquer agressor.
Neste ano, a Rússia deixou um tratado nuclear com os Estados Unidos e disse que vai posicionar armas nucleares estratégicas em Belarus, que faz fronteira com os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e com a Ucrânia. O aliado vizinho também foi utilizada como porta de entrada para as tropas russas no início da invasão do território ucraniano.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que o plano de Putin faz parte de um padrão longevo de “retórica nuclear perigosa e irresponsável”.
A Otan, fundada pelos Estados Unidos, condenou a invasão russa da Ucrânia como uma “apropriação imperial de terras”. A Ucrânia prometeu lutar até que todos os soldados russos se retirem de seu território e afirma que as ameaças nucleares de Moscou são apenas um discurso para intimidar os países ocidentais, para que restrinjam a preciosa ajuda bélica a Kiev.