Programada para ser lançada formalmente nesta segunda-feira, 18, na cúpula de líderes das vinte maiores economias do mundo, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, proposta pelo Brasil, já tem endosso de 81 países. A informação foi dada pela primeira vez pela colunista Míriam Leitão e confirmada por VEJA com pessoas ligadas à iniciativa.
Além dos países que farão anúncios de ações concretas a partir da decisão de participar, a aliança também envolve organizações internacionais públicas e instituições financeiras, assim como grandes instituições filantrópicas, organizações da sociedade civil e outras entidades sem fins lucrativos.
Na sexta-feira, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, ressaltou que ainda não é possível estimar o volume total de recursos financeiros canalizados para a aliança, mas lembrou que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) já anunciou financiamento adicional de 25 bilhões de dólares, o equivalente a cerca de 140 bilhões de reais.
Entre os países que já anunciaram apoio à iniciativa está a França. A VEJA, o embaixador francês no Brasil, Emmanuel Lenain, disse que o projeto “está perfeitamente alinhado com nossos compromissos internacionais com a segurança alimentar”.
A Aliança Global contra a Fome a Pobreza tem como objetivo estabelecer uma forma de captação de recursos e conhecimentos para a implementação de políticas públicas e tecnologias sociais eficazes para a erradicação da fome e da pobreza no mundo. O mecanismo será gerido pelo governo brasileiro e pela FAO, órgão da ONU para agricultura e alimentação.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), entre 713 milhões e 757 milhões de pessoas podem ter enfrentado a fome em 2023, o que representa uma em cada 11 pessoas no mundo.